MPPB pede condenação de pediatra acusado de abuso sexual infantil em João Pessoa.
O órgão pede a condenação do acusado pelos crimes cometidos,
cuja pena prevista pode chegar a 60 anos de reclusão.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) denunciou o médico
pediatra, Fernando Cunha Lima, por abuso sexual contra três crianças. O órgão
pede a condenação do acusado pcr quatro crimes cometidos, uma vez que uma das
vítimas foi abusada duas vezes. A pena prevista pode chegar a 60 anos de
reclusão.
O médico pediatra investigado por estuprar crianças, em João
Pessoa, atendia a maioria das vítimas desde bebês e tinha a confiança das
famílias. Fernando Paredes Cunha Lima é um pediatra famoso na capital paraibana
e tinha uma clínica particular no bairro de Tambauzinho. Em uma série de
depoimentos dados à Polícia Civil, as mães narram que os abusos aconteciam
dentro do consultório, com as vítimas em cima de uma maca, quando o médico
obstruía a visão delas ou fazia a ausculta do pulmão das crianças.
O MPPB informou ainda que pessoas que tenham sofrido abusos
pelo pediatra há mais de 10 anos poderão estar no processo como
informantes/declarantes, devido à prescrição do crime.
Além da condenação de Fernando Paredes Cunha Lima, o MPPB
também requereu a manutenção da suspensão do CRM do denunciado e o pagamento de
400 salários mínimos a cada vítima, a título de indenização pelos crimes
sofridos.
O caso está sendo acompanhado no âmbito do MPPB pelo promotor
de Justiça, Bruno Leonardo Lins, que informou ter tudo no Processo de número
0810116-12.2024.8.15.2002 e estar requerendo a prisão preventiva do acusado. O
membro do MPPB informa que, no momento, devido ao caso envolver violência
sexual e menores de idade, entrevistas não serão concedidas.
Procurada pelo g1, a defesa de Fernando Cunha Lima declarou
que permanecerá aguardando a decisão do juiz e entendendo que não há razão para
a prisão do médico acusado.
Canal de denúncias
O MPPB também informa que dispõe de um canal exclusivo para
recebimento de eventuais novas denúncias correlatas, por meio do Núcleo de
Apoio às Vítimas de Crimes (Navic). Com atuação em todo o Estado, o Navic foi
criado, para garantir às vítimas de crimes e de atos infracionais e a seus
familiares o direito à informação, à assistência, à proteção, à participação no
processo e à reparação dos danos materiais e morais sofridos.
Por g1 PB
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