Apenas 23% dos adolescentes na Paraíba completaram a vacinação contra a dengue com a segunda dose.
Ministério da Saúde distribuiu 4,7 milhões de doses para todo
o país. Pasta orienta que o público-alvo complete o esquema vacinal.
O Brasil registra 2,2 milhões de primeiras doses de vacinas
aplicadas contra a dengue. No entanto, há 636 mil registros de segundas doses.
Isso significa que menos da metade das pessoas que tomaram a dose inicial
buscaram a dose adicional. Os dados preliminares são do Departamento do
Programa Nacional de Imunizações (DPNI). Na Paraíba, a situação é semelhante:
das 82,8 mil doses recebidas, apenas 41,2 mil primeiras doses foram aplicadas,
e pouco mais de 9,4 mil pessoas retornaram para a segunda dose. É importante
lembrar que o esquema vacinal requer um intervalo de três meses, e a população
precisa ficar atenta à caderneta de vacinação para garantir a imunização
completa.
A vacinação é uma das inovações para enfrentar a dengue, que
em 2024 aumentou em todo o mundo, sobretudo devido às mudanças climáticas. Para
ter proteção contra casos graves e hospitalizações por dengue, o público-alvo
precisa tomar duas doses do imunizante incorporado de forma inédita no Sistema
Único de Saúde (SUS).
O público, em 2024, é composto por crianças e adolescentes de
10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por
dengue, depois de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel,
alerta para a necessidade de se vacinar. “Dentro da faixa etária indicada pelo
laboratório para receber a vacina, selecionamos o intervalo com maior número de
hospitalizações por dengue no Brasil. Contudo, esse público tem uma adesão
menor, justamente por não ser uma idade que frequenta os serviços de saúde
rotineiramente. Por isso, os pais e responsáveis precisam levar as crianças e
adolescentes para se vacinar. É um ato de amor e de responsabilidade”, destaca.
Os critérios para a definição dos municípios escolhidos para
receber as doses da vacina foram definidos seguindo as recomendações da Câmara
Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da OMS. As vacinas serão
destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta
transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil
habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses.
Combate ao mosquito
O Ministério da Saúde reforça que, embora o imunizante
contribua para frear o avanço da doença, ainda não é a ferramenta mais eficaz
no seu enfrentamento, dada a capacidade de produção do laboratório fornecedor
que não é suficiente para atender à demanda do Brasil.
Por isso, além das ações realizada pelos agentes de saúde, a
população deve fazer a sua parte:
👉Use de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida
transmissão;
👉Remova recipientes nos domicílios que possam se transformar
em criadouros de mosquitos;
👉Vede reservatórios e caixas de água;
👉Desobstrua calhas, lajes e ralos;
👉Participe da fiscalização das ações de prevenção e controle
da dengue executadas pelo SUS.
Fonte: Ministério da Saúde
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