Polícia investiga se dívida de jogos online motivou mulher a tentar envenenar filhas com inseticida.
Mulher de 23 anos é investigada por ter envenenado as filhas
motivada por acúmulo de dívidas com jogos online. Ela foi internada em clínica
psiquiátrica, em Campina Grande.
A Polícia Civil da Paraíba investiga se o acúmulo de dívidas
com jogos online de uma mulher de 23 anos teria motivado ela a tentar envenenar
as filhas com inseticida em Itatuba, no Agreste da Paraíba. O caso aconteceu em
6 de setembro.
De acordo com o delegado Leonardo Souto Maior, que investiga
o caso, a mulher teria um acúmulo de dívidas, ainda sem valores informados, e
ocasionados por jogos online. Essa situação teria motivado a mulher a envenenar
as duas filhas, de 3 e 6 anos. O envenenamento foi feito com uma vitamina e a
mulher teria adicionado uma determinada quantidade de inseticida para controle
de carrapatos na bebida.
As investigações ainda apontam que o companheiro da vítima,
que é pai da filha mais nova da mulher, também iria ingerir a vitamina
contaminada com inseticida, mas recusou a bebida ao perceber que o alimento
estava estranho. Contudo, a mulher e as duas crianças ingeriram a bebida com o
inseticida.
Os três, mãe e filhas, foram levados para uma unidade
hospitalar do município de Itatuba, depois foram levados para a Unidade de
Pronto Atendimento (UPA) de Ingá, e, devido a gravidade da situação, os três
foram encaminhados para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande.
No Hospital de Trauma de Campina Grande, os três foram
atendidos, chegaram conscientes, fizeram os exames e, pouco depois, receberam
alta hospitalar. Contudo, devido às observações acerca do caso, o hospital
acionou a Polícia Civil e Militar.
“A substância com o tóxico, que ainda não sabemos o qual,
acho que é chumbinho, mas em pequena quantidade, a ponto que essas crianças não
sofreram danos maiores. Chegaram em regular estado geral, respirando bem,
consciente. Foi feito todos os exames e a conduta foi tomada com a retirada do
produto. E aí as crianças evoluíram bem e já tiveram alta. Mas o mais gritante
dessa situação é a situação dessa mãe que levaram presa, mas a situação dela
mental, estado emocional que ela precisa de um tratamento. Ela também tomou,
ela preparou, deu às crianças e tomou. Ela também não sofreu maiores danos”,
explicou a pediatra Noadja Andrade.
A mulher ainda foi encaminhada para o Hospital Dr. Edgley,
também em Campina Grande, no sábado (7), e precisou ser transferida para o
Instituto Neuropsiquiátrico de Campina Grande - que é mais conhecido pelo nome
de Clínica Doutor Maia -, na terça-feira (10), para acompanhamento
psiquiátrico.
Segundo a Polícia Civil, a mulher só será ouvida depois que
receber alta da unidade psiquiátrica e após isso o inquérito será instaurado.
As crianças de 3 e 6 anos, filhas da mulher, estão com familiares e sendo
acompanhadas pelo Conselho Tutelar.
Por g1 PB
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