Covid-19: já são mais de 5,1 mil mortes em 2024.
Em 2024, foram notificados 5.157 óbitos por Covid-19, segundo
o mais recente Informe da Vigilância das Síndromes Gripais do Ministério da
Saúde. O número está bem próximo do recorde de mortes por dengue este ano —
5.661 até agora, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses.
O médico infectologista Marcelo Daher destaca que, em 2024, o
Brasil bateu o recorde histórico de mortes por dengue. No entanto, em
comparação com os óbitos da Covid-19, é preciso considerar quais foram
realmente provocados pela doença.
“A gente tem que tentar distinguir o que é morte por Covid-19
e morte com Covid-19. Isso é uma discussão ampla, que está acontecendo em
vários lugares do mundo, porque muitas vezes você identifica Covid-19, mas essa
não foi a causa do óbito. Mas é importante que as pessoas entendam que a doença
ainda circula e, se as medidas de contenção não forem tomadas, nós teremos
outro surto de dengue e Covid-19, que continuarão acontecendo e matando.”
Curva de óbitos da Covid-19
O levantamento do Ministério da Saúde sobre a Covid-19 tem
como base os dados inseridos no sistema até 12 de outubro. De acordo com a
apuração, só na última semana epidemiológica (SE 41), foram registrados 169
óbitos pela no país, um aumento de 31,9 % na média móvel de óbitos em
comparação com a SE 40.
Também é possível observar que o número de óbitos notificados
em 2024 apresentou variação ao longo do ano. O primeiro ponto mais alto
aconteceu logo na segunda semana epidemiológica, com 260 mortes registradas. O
ponto mais alto até agora foi registrado na SE 38, com 305 óbitos. Já o ponto
mais baixo aconteceu na SE 31, com 12 mortes pela Covid-19. Os dados também
podem ser conferidos no Painel de Monitoramento da Covid-19 do Ministério da
Saúde.
Estados e municípios
Na última semana epidemiológica (SE 41), São Paulo foi o
estado que registrou o maior número de óbitos pela Covid-19 (87), seguido por
Minas Gerais (39), Bahia (10), Rio de Janeiro (8) e Rio Grande do Sul
(8).
Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão,
Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia,
Roraima e Sergipe não registraram nenhuma morte por Covid-19 na SE 41.
Santa Catarina registrou 6 óbitos associados ao coronavírus;
Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, 3 cada; Amazonas e Tocantins, 2 cada; e
Paraná contabilizou uma morte por Covid-19 no período.
Já em relação ao número de óbitos por Covid-19 acumulados
desde o início da pandemia, o ranking estadual é:
SP: 184.150 óbitos
RJ: 78.215 óbitos
MG: 66.775 óbitos
PR: 47.015 óbitos
RS: 43.027 óbitos
BA: 32.028 óbitos
GO: 28.656 óbitos
CE: 28.215 óbitos
PE: 23.240 óbitos
SC: 23.136 óbitos
PA: 19.291 óbitos
MT: 15.241 óbitos
ES: 15.213 óbitos
AM: 14.522 óbitos
DF: 12.022 óbitos
MS: 11.300 óbitos
MA: 11.103 óbitos
PB: 10.667 óbitos
RN: 9.320 óbitos
PI: 8.445 óbitos
RO: 7.527 óbitos
AL: 7.354 óbitos
SE: 6.571 óbitos
TO: 4.302 óbitos
RR: 2.202 óbitos
AP: 2.175 óbitos
AC: 2.083 óbitos
Síndrome Respiratória Aguda Grave
O mais recente Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) aponta uma diminuição de novos casos de Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SRAG) associados à Covid-19 na maioria dos estados do Centro-Sul do
país.
Ao todo, em 2024, já foram notificados 144.365 casos de SRAG.
Desses, 47,5% deram positivo para algum vírus respiratório em exame
laboratorial e 5,5% ainda aguardam resultado. Entre os positivos, 18,9% estavam
associados à Covid-19. Entre os óbitos, 52% estavam relacionados à
Covid-19.
Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, apesar da
melhoria no cenário nas últimas epidemiológicas, é importante manter as medidas
de prevenção.
“O recomendado é que a gente continue usando boas máscaras ao
sair de casa, em caso de aparecimento de sintomas de síndrome gripal. Então,
com qualquer sintoma como nariz escorrendo, tosse, garganta arranhando,
espirro, o ideal é sair de casa usando uma boa máscara para evitar transmitir
esses vírus para outras pessoas e, com isso, com essa simples atitude, a gente
consegue manter a circulação desses vírus respiratórios em queda ou em baixa na
maior parte do país”, orienta.
Fonte: Brasil 61 –
Nenhum comentário