Eleições 2024: 87 parlamentares disputam prefeituras pelo país
As eleições municipais ocorrem em outubro e, entre os
candidatos a prefeituras de vários municípios brasileiros, estão 83 deputados e
quatro senadores titulares, bem como 16 suplentes. Caso sejam eleitos, devem
renunciar ao mandato parlamentar para tomar posse como prefeitos.
Neste domingo, dia 6 de outubro, brasileiros e brasileiras
vão às urnas para eleger prefeitos e vice-prefeitos, além de
vereadores, para os 5.569 municípios do país. Entre os candidatos a
prefeituras, estão 83 deputados e quatro senadores titulares, bem
como 16 suplentes. Caso sejam eleitos, devem renunciar ao mandato
parlamentar para tomar posse como prefeitos.
O professor-doutor de Direito Eleitoral da Uniarnaldo, de
Belo Horizonte (MG), João Andrade Neto, explica que, caso sejam eleitos, o
cargo de parlamentar é declarado vago e assume o suplente.
“O cargo que eles possuíam no Congresso Nacional, seja no
Senado Federal, seja na Câmara dos Deputados, é declarado vago e será
preenchido nos termos do artigo 56 da Constituição pelo suplente que, no
caso dos deputados, vai ser o suplente do partido ou da federação, ou seja, o
próximo candidato mais votado, depois do que saiu, assume. E no caso dos
senadores, cada senador já é eleito com dois suplentes, então já se sabe de
antemão quem, qual dos dois, que vai ocupar esse cargo”, pontua.
Já em caso de ausência de suplente para assumir o cargo, o
professor menciona que devem ser realizadas novas eleições estaduais para
preencher a vaga no Congresso, segundo a Constituição.
“Se não houver deputados e senadores para preencher os cargos
desses que perdem o mandato uma vez eleitos, se realizam novas eleições. Então,
aí vão ser eleições que o estado de origem realizaria para preencher aquele
cargo de deputado ou de senador para o qual se abriu uma vaga e em relação ao
qual não há suplente para preencher”, afirma.
Confira a lista de senadores que estão na disputa das
eleições de 2024, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
divulgados em 15 de agosto:
Carlos Viana (MG), que se encontra licenciado, é candidato a
prefeito de Belo Horizonte (MG);
Eduardo Girão (Novo-CE), candidato a prefeito de Fortaleza
(CE);
Rodrigo Cunha (Podemos-AL), candidato a vice-prefeito de
Maceió (AL) e
Vanderlan Cardoso (PSD-GO), candidato a prefeito de Goiânia
(GO).
Já entre os 16 suplentes no Senado, são seis candidatos a
prefeito e dez às câmaras municipais. Na Câmara dos Deputados, dos 83 deputados
candidatos, 74 concorrem a vagas no executivo municipal, dois a vice-prefeito e
sete a vereador.
O número de deputados candidatos nas eleições deste ano é
superior ao das eleições de 2020, ano em que 59 parlamentares disputaram vagas
de prefeito e 7 de vice-prefeito – sendo 66 no total.
O professor de Direito Eleitoral, João Andrade Neto, destaca
que do ponto de vista jurídico uma das explicações para esse aumento de
parlamentares candidatos a prefeituras pode estar atrelado à alteração da
legislação eleitoral em 2016. Ele destaca que o período de campanha foi
reduzido. Antes, tinha início em 15 de julho. Agora, os candidatos têm de 15 de
agosto até a véspera do dia da eleição para fazer campanha.
“Uma consequência, talvez indesejável para a nossa
democracia, que decorreu daí, é que passa-se a privilegiar os candidatos que já
são conhecidos pelo eleitorado, seja porque são pessoas públicas, por exemplo,
da mídia, jornalistas, atores, atrizes, cantores, personalidades, seja porque
já exercem cargos públicos eletivos, então é o caso dos deputados e senadores,
que já são conhecidos nas suas bases”, diz.
“Eles já saem na frente na campanha, nessa campanha
encurtada, que não permite ao cidadão comum, o que não é uma pessoa pública, a
disputar, digamos, em igualdade de condição, porque ele não teria o tempo
suficiente para se fazer conhecer do mesmo modo que as pessoas públicas já são
conhecidas pelo eleitorado”, completa João Andrade Neto.
Total de candidatos
De acordo com os dados do TSE, atualizados em 26 de agosto,
as eleições municipais contam com 459.038 candidatos, sendo 15.440 para
prefeito. Além disso, foram registradas 45.366 candidaturas à reeleição.
Fonte: Brasil 61 -
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