PIX: entenda as mudanças que começam a valer em 1º de novembro.
Para aumentar a segurança de quem usa o Pix, o Banco Central
anunciou medidas importantes que passam a valer a partir do próximo dia 1º de
novembro. A principal delas é que haverá um limite de R$ 200 para as transações
realizadas por meio de novos dispositivos — celulares ou computadores.
As transferências via Pix feitas nesses aparelhos não poderão
ultrapassar R$ 1 mil por dia até que os novos dispositivos sejam cadastrados
nos bancos. Segundo o BC, a medida foi tomada para “diminuir a probabilidade de
fraudadores usarem dispositivos diferentes daqueles utilizados pelo cliente
para gerenciar chaves e iniciar transações Pix.”
Para o advogado da área de “Meios de Pagamento” do Barcellos
Tucunduva Advogados, Luiz Felipe Attié, é fundamental que as instituições
participantes do Pix como os bancos, e o próprio Banco Central, busquem sempre
aprimorar os métodos de segurança e a experiência do usuário com a
ferramenta.
“Isso faz com que cada vez mais pessoas tenham confiança
em atualizar o Pix e garante que aquela transação não está sendo objeto de
fraude, não está sendo desviada e não está sendo utilizada para finalidade
diversa daquela que o usuário pretende.”
Para aumentar o valor permitido de transferência, os usuários
terão de cadastrar os novos dispositivos junto aos bancos.
Orientações para os bancos
Na página do Banco Central na internet há ainda outras
orientações para que a movimentação de dinheiro via Pix seja feita com
segurança. Para isso, os participantes passarão a ter que,
necessariamente:
Utilizar solução de gerenciamento de risco de fraude que
contemple as informações de segurança armazenadas no Banco Central e que seja
capaz de identificar transações Pix atípicas ou não compatíveis com o perfil do
cliente;
Disponibilizar, em canal eletrônico de acesso amplo aos
clientes, informações sobre os cuidados que os clientes devem ter para evitar
fraudes.
Movimentações via Pix
Segundo o BC, em 6 de setembro deste ano a modalidade de
transação imediata bateu recorde e chegou a 227,4 milhões de transações num
único dia. No total, foram movimentados mais de R$ 118 bilhões apenas
naquele dia.
“Os números por si só já dizem como o Pix é fundamental
na vida do brasileiro; ele hoje é o principal método de pagamento. É um
método descomplicado, célere e fácil de ser utilizado. Embora tenha problemas,
o Banco Central está sempre em busca de novas ferramentas, novas políticas que
buscam trazer cada vez mais segurança e confiança aos usuários.”
O pix foi criado em novembro de 2020, e até agosto deste
ano tinha mais de 168 milhões de usuários — 153 milhões de pessoas
físicas e 15 milhões de pessoas jurídicas.
Fonte: Brasil 61 -
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