POLIOMIELITE: entenda por que a OMS recomenda 95% de cobertura vacinal.
Desde 2016, o Brasil não alcança essa meta e corre o risco de
reintrodução da pólio no território nacional.
Desde 2016, o Brasil tem apresentado queda nas taxas de
cobertura vacinal contra a poliomielite. Por isso, não tem alcançado a meta,
estabelecida como ideal pela Organização Mundial da Saúde, de 95% de crianças
imunizadas. Segundo o Ministério da Saúde, em 2023, a cobertura vacinal em
crianças menores de 1 ano no país ficou em 84,6%.
O infectologista Victor Bertollo, chefe da Assessoria de
Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Endemias da Subsecretaria
de Vigilância à Saúde do Distrito Federal, explica como a taxa de cobertura
vacinal é calculada para a imunização contra a pólio.
“A meta de vacinação é calculada com base em dados
epidemiológicos, dados de transmissibilidade do vírus e dados relacionados
também à imunidade conferida pelas vacinas. Ela é tão alta justamente porque,
como é um vírus muito transmissível, nós acabamos precisando ter uma cobertura
vacinal muito alta para atingir esse limiar, a partir do qual o vírus não tem
mais a capacidade de se disseminar na população. Isso é baseado nos dados de
transmissibilidade do vírus e nos dados de eficácia das vacinas.”
Apesar de o Brasil ter erradicado o poliovírus selvagem do
território nacional desde 1989 — como resultado da intensificação da vacinação
—, o vírus continua circulando em outros países. Por isso, o diretor do
Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder
Gatti, alerta os profissionais de saúde, pais ou responsáveis sobre a
importância de imunizar as crianças.
"A poliomielite é uma doença que, por muitas décadas,
causou paralisia e morte em crianças. Só que essa doença não faz mais parte do
nosso cenário epidemiológico graças à vacinação e o Brasil, desde 1989, não
registra nenhum caso. Embora tenhamos eliminado a doença, ela ainda existe no
mundo e pode ser reintroduzida no nosso país. Por isso, é muito importante que
os pais levem seus filhos menores de cinco anos para checar a caderneta e fazer
a vacinação."
Todas as crianças menores de 5 anos de idade devem ser
imunizadas contra a pólio de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação e na
campanha anual. O esquema vacinal contra a poliomielite possui três doses
injetáveis — aos 2, 4 e 6 meses de idade — e mais duas doses de reforço com a
vacina oral bivalente, a gotinha.
O Ministério da Saúde ressalta que a imunização é a principal
forma de manter o país livre da poliomielite. Por isso, as doses estão
disponíveis durante todo ano nos postos de vacinação.
Vale lembrar que a vacina protege as crianças por toda a vida
e é segura.
Procure uma unidade básica de saúde e cuide bem dos nossos
futuros campeões. Vamos nos unir ao Movimento Nacional pela Vacinação.
Fonte: Brasil 61 –
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