Projeto de Lei propõe fabricação de aparelhos de rádio compatíveis com FM estendida.
Determinação já é prevista em portaria interministerial e
pretende garantir que mais emissoras de rádio tenham acesso à faixa estendida.
Um projeto de lei (PL 2096/24) em tramitação na Câmara dos
Deputados propõe que todos os aparelhos de rádio produzidos no Brasil operem na
faixa FM estendida — entre 76 MHz e 108 MHz. Essa determinação já foi
estipulada por uma portaria interministerial (MDIC/MCTIC nº 68/2017) e está em
vigor desde 2019. Mas o autor do PL, o deputado federal Cezinha de Madureira
(PSD-SP), quer incorporar essa obrigação ao Código Brasileiro de
Telecomunicações, para garantir mais segurança jurídica.
Entenda as mudanças
Em 2013, foi publicado um decreto (nº 8.139) para facilitar a
migração das rádios que transmitiam em ondas médias (OM) para a faixa de
frequência modulada (FM). O objetivo era melhorar a qualidade do som, já que as
transmissões em OM sofriam com interferências e ruídos, além de não serem tão
populares entre os jovens, que preferem rádios em FM.
O decreto estabeleceu prazos para as rádios fazerem essa
transição e permitiu que cerca de 1.600 emissoras migrassem para a FM, algumas
delas utilizando a nova faixa de "FM Estendida".
Em 2023, um outro decreto (nº 11.739) foi publicado para
resolver o problema das rádios que ainda transmitiam em ondas curtas (OC) e
tropicais (OT), permitindo que elas também migrassem para a faixa FM. Com isso,
a Anatel destinou uma faixa estendida para essas emissoras, já que que muitas
regiões urbanas já tinham as respectivas frequências FM convencionais ocupadas.
A mudança também impactou a indústria que fabrica os
aparelhos de rádio, já que desde 2019 todos os novos equipamentos fabricados no
Brasil devem operar na faixa FM estendida. Para isso, o PL 2096/24 pretende
tornar essa norma permanente e garantir que mais emissoras de rádio tenham
acesso à faixa estendida, aumentando a diversidade da programação.
O PL 2096/24 aguarda parecer do relator na Comissão de
Comunicação da Câmara dos Deputados. Para virar lei, a proposta ainda precisa
ser aprovada pelo plenário da Câmara e do Senado e sancionada pelo presidente
da República.
Fonte: Brasil 61 -
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