POR QUE AS CRIANÇAS FAZEM BIRRA? Saiba como lidar com explosões emocionais dos pequenos.
Birras e explosões podem ser comuns no desenvolvimento
infantil, caracterizando-se por episódios de emoções negativas em resposta a
desapontamentos. Nessas situações, a criança pode gritar, chutar, jogar objetos
ou destruir pertences. Essas reações, embora intensas, fazem parte do processo
de amadurecimento emocional.
As causas mais frequentes podem ser frustração, raiva ou
cansaço. Além disso, algumas crianças podem usar esses comportamentos para
chamar atenção ou evitar determinadas atividades. A psicóloga da Hapvida
NotreDame Intermédica, Michelle Costa, explica que a criança começa a
desenvolver com mais intensidade essa questão um pouco antes do primeiro ano,
quando o bebê já começa a ter ciência daquilo que ele deseja. “Então, quando
algo é tomado dele, ele demonstra esse processo de frustração em que não pode mais
ficar com aquilo, por exemplo”, explica.
A psicóloga destaca a importância de um diálogo aberto entre
pais e filhos para auxiliar o desenvolvimento emocional das crianças. Ela
recomenda que os pais antecipem situações cotidianas, explicando com clareza o
que será feito, para onde irão e quais serão os limites. Segundo Michelle, essa
comunicação pode ser estabelecida desde cedo. “A partir de aproximadamente um
ano de idade, a criança já começa a desenvolver uma compreensão verbal básica,
estabelecer essa comunicação desde cedo ajuda a compreender rotinas e limites,
o que contribui para um entendimento gradual e saudável das expectativas no
ambiente familiar”.
Birras - Para lidar com as birras, é essencial proporcionar
um ambiente familiar acolhedor, onde a criança se sinta segura para expressar
emoções e frustrações. Em momentos de crises emocionais, Michelle ressalta que
os pais devem evitar punições imediatas. “Punir durante a explosão só
intensifica a reação. A orientação deve ocorrer depois, com calma, para que a
criança entenda o comportamento inadequado”, orienta.
Segundo a psicóloga, a abordagem empática ajuda a construir
uma relação saudável e equilibrada com as próprias emoções desde cedo,
colaborando para o desenvolvimento emocional da criança. Ela também recomenda o
uso de jogos lúdicos e filmes sobre emoções, como o filme Divertida Mente, além
de atividades como desenhos e teatros com fantoches, para estimular a criança a
entender e externalizar suas emoções de forma saudável. E, caso não haja uma
consonância entre os pais, a terapia é fundamental nesse processo.
Outros fatores - O estresse e a ansiedade dos adultos
impactam diretamente o comportamento emocional das crianças, levando-as a
absorver e reproduzir tais sentimentos. "Sempre que o adulto está
estressado ou ansioso, ele tende a passar esse estado emocional para a criança,
que acaba se sentindo também estressada e angustiada", explica. Segundo
Michelle, isso ocorre porque, ao se comunicar em momentos de tensão, o adulto
pode adotar uma postura inadequada, transmitindo exigências que a criança sente
como uma pressão.
Para os pais que se sentem sobrecarregados diante das
explosões emocionais dos filhos, a psicóloga recomenda buscar apoio
terapêutico. "A psicologia serve como recurso e mediador entre pais e
filhos, criando um ambiente seguro para que a criança possa expressar suas
emoções", orienta Michelle. Ela enfatiza a importância da terapia para
auxiliar na mediação das emoções e comportamentos inadequados, tanto dos pais
quanto dos filhos, ajudando a desenvolver um ambiente familiar mais acolhedor e
equilibrado.
Assessoria de Imprensa
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