Saúde divulga boletim epidemiológico de HIV/Aids e alerta para prevenção de infecções sexualmente transmissíveis.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nessa
quinta-feira (28), o novo Boletim Epidemiológico HIV/Aids, com o balanço de
casos confirmados para os agravos em 2024. No período de janeiro a novembro, a
Paraíba registrou 781 novos casos de HIV e o mesmo quantitativo de casos de
Aids. A divulgação dos dados acende um alerta para a prevenção e marca a
abertura da Campanha Dezembro Vermelho, que tem como objetivo conscientizar a
população sobre o HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
O município de João Pessoa lidera a lista de cidades
paraibanas com o maior número de casos confirmados, sendo 406 de HIV e 98 de
Aids. Campina Grande aparece em seguida, com 52 diagnósticos de HIV e 17 de
Aids. Com relação à mortalidade, o estado apresentou redução no número de
óbitos decorrentes de Aids em comparação ao mesmo período do ano passado,
saindo de 162 óbitos em 2023 para 143 óbitos em 2024. O número representa um
coeficiente de mortalidade de 3,5 óbitos por 100 mil habitantes.
De acordo com a gerente operacional de Condições Crônicas e
IST da SES, Ivoneide Lucena, a principal via de infecção dos casos confirmados
é a relação sexual sem preservativo. Ela reforça a importância da testagem para
auxiliar no diagnóstico precoce e tratamento das ISTs. “Nós sabemos que muitas
pessoas têm o HIV e não sabem que têm porque nunca procuram um serviço para
fazer o teste. A gente orienta que, a cada seis meses, as pessoas busquem o
serviço para realizar o teste, sobretudo se tiverem se submetido a alguma
relação desprotegida, sem o uso de camisinha”, alerta Ivoneide, ao ressaltar
que tanto os testes quanto o tratamento são oferecidos gratuitamente à
população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na Paraíba, 9.376 pessoas fazem o tratamento antirretroviral,
cuja medicação é distribuída em 14 serviços de dispensação, disponíveis nas
três macrorregiões de saúde do estado, sendo o Complexo de Doenças
Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga, em João Pessoa, a principal referência
da rede.
Segundo a médica infectologista da SES, Júlia Chaves, a
adesão à terapia antirretroviral proporciona grandes benefícios individuais,
como aumento da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças
oportunistas. Além disso, explica a médica, o tratamento traz a possibilidade
de a pessoa com HIV tornar-se indetectável, reduzindo a possibilidade de
transmissão do vírus pela via sexual.
“A profilaxia pré-exposição (PrEP) e a profilaxia
pós-exposição (PEP) contribuem potencialmente para a qualidade de vida das
pessoas. Elas possibilitam que quem teve contato com o vírus, se administradas
adequadamente, não adquiram a infecção”, destaca a médica ao frisar que existem
outras profilaxias que otimizam a prevenção contra o HIV/Aids e demais ISTs. “A
pessoa pode usar uma profilaxia combinada, ou seja, utilizar o medicamento em
conjunto com outros métodos, como o preservativo durante o ato sexual, por
exemplo”, acrescenta.
Serviços de Referência para HIV/Aids e outras ISTs na
Paraíba:
Complexo de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga
(João Pessoa)
Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e
Aconselhamento (SAE/CTA) - João Pessoa
SAE - Cabedelo
SAE - Santa Rita
SAE/CTA - Patos
SAE/CTA - Campina Grande
SAE - Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) -
Campina Grande (via regulação)
Confira o boletim epidemiológico HIV/Aids no link https://paraiba.pb.gov.br/diretas/saude/arquivos-1/vigilancia-em-saude/boletim-epidemiologico-de-hiv-aids-1-2024.pdf
Assessoria
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