MPPB entra com ação para suspender concurso público em Nova Palmeira PB.
O Ministério Público do
Estado da Paraíba (MPPB), por meio do promotor de Justiça da Promotoria de
Picuí, Arthur Magnus, ingressou com uma Ação Civil Pública na Comarca de Picuí
contra o Município de Nova Palmeira e a Associação de Ensino Superior Santa
Terezinha (FACET). A ação aponta diversas irregularidades na contratação direta
da FACET para organizar o concurso público municipal, que oferta 130 vagas e
conta com mais de 2 mil inscritos.
De acordo com a promotoria,
a contratação, feita sem licitação, violou normas legais. Entre os problemas
citados pelo promotor estão a ausência de parecer jurídico prévio, a falta de
comprovação de capacidade técnica da contratada e um valor acima do praticado
no mercado. Além disso, foi constatado pelo MPPB que a FACET enfrenta processos
judiciais por supostas fraudes em concursos, o que compromete sua reputação
ética.
Outro ponto destacado pelo
MPPB é a inexistência de dotação orçamentária suficiente para cobrir o contrato
de R$ 442.500,00, configurando possível lesão ao erário público. Segundo a
ação, a realização das provas nas condições atuais poderia prejudicar os
candidatos e o interesse público.
O Ministério Público
solicita à Justiça a suspensão imediata do concurso e do contrato, a devolução
dos valores pagos pelos candidatos e a aplicação de multa diária no valor de R$
5 mil para cada réu, em caso de descumprimento.
A promotoria também requer
indenização por danos morais coletivos devido à frustração gerada aos
candidatos, em valor a ser arbitrado pelo juízo, destinando-se o montante ao
Fundo de Defesa de Direitos Difusos.
A Ação Civil Pública com o
pedido de liminar para suspender o concurso público foi apresentada após a
prefeitura do município de Nova Palmeira não responder à recomendação de
suspensão do certame, expedida no último dia 9 de dezembro.
Diante da ausência de
resposta, o Ministério Público interpretou o silêncio como uma recusa, o que
motivou o ingresso da ação. Agora, aguarda-se o parecer do juiz Anyfrancis
Araújo sobre o caso.
Fonte: A Boa Política
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