Paraíba recebe 128 novos profissionais do programa Mais Médicos em 2024.
Com a chegada dos novos
profissionais, o estado soma 483 médicos em atividade, reforçando a atenção
primária à saúde em municípios e comunidades indígenas.
O governo federal tem
fortalecido a atenção primária à saúde do país por meio do programa Mais
Médicos, que, só este ano, contou com 6.729 novos profissionais em mais de 2
mil municípios. Esse número representa mais de 25% do total de 26.756 médicos
que atuam em 4.412 cidades e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas
(DSEIs). Na Paraíba, foram 128 novos médicos, totalizando 483 profissionais em
atividade no estado.
No início desta gestão, o
Ministério da Saúde contava com apenas 13 mil vagas ativas no Mais Médicos. Em
2023, o governo federal retomou o programa, com o intuito de ter profissionais
nos municípios distantes dos grandes centros e nas periferias das cidades. O
programa avançou, sobretudo, entre os municípios com maior vulnerabilidade
social, onde cerca de 60% dos médicos estão.
Os resultados alcançados nos
últimos dois anos foram discutidos no Encontro Nacional das Referências do
Programa Mais Médicos, na sexta-feira (6). “O Mais Médicos não se encerra em si
mesmo. Ele é um meio potente e importantíssimo para viabilizar e fortalecer a
Estratégia Saúde da Família”, afirmou o secretário-adjunto de Atenção Primária
à Saúde (APS), Jerzey Timóteo, em palestra sobre a relação do programa com as
principais iniciativas que constroem o primeiro nível de atenção do Sistema
Único de Saúde (SUS).
O intuito do encontro foi,
além de dar visibilidade às ações desenvolvidas, mostrar o papel importante que
as referências regionalizadas têm para o sucesso do programa. As referências
regionais do Ministério da Saúde são essenciais na gestão dos programas de
provimento profissional na ponta do serviço, onde as pessoas moram, formam suas
famílias e recebem atendimento. Elas são responsáveis por apoio técnico,
orientações, mediações de conflitos, acompanhamento e monitoramento das
atividades realizadas. São como a ponte entre o ministério e os territórios.
“2025 será o ano de
consolidar nosso trabalho, metas e políticas que retomamos desde o início da
gestão. Com o trabalho das referências regionais, comunicamos mais com
gestores, profissionais e sociedade as políticas da atenção primária à saúde,
ganhamos capilaridade sem perder de vista o nosso papel de formulador de
políticas públicas”, destacou o diretor do Departamento de Apoio à Gestão da
Atenção Primária, Wellington Mendes Carvalho.
“Com a aproximação entre a
gestão federal e as referências regionalizadas, é possível também identificar
os desafios de cada território e alinhar as ações, as diretrizes e os planos
futuros”, lembrou o diretor.
Outros avanços do Mais
Médicos em 2024
Pela primeira vez na
história do programa, foi lançado um edital de chamamento com cotas para
pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e
indígenas.
Outro destaque foi a
concessão de curso e bolsa-formação em preceptoria de medicina de família e
comunidade de R$4.000 a 2.700 residentes de medicina de família e comunidade
(MFC). Essa formação prepara o futuro médico de família e comunidade para que
ele transmita o conhecimento adquirido a novos profissionais em formação,
ampliando assim a capacidade do país de criar novos programas de residência
médica em MFC.
O Ministério da Saúde
anunciou, ainda, a integração das formas de provimento do programa, o que
garante mais segurança às equipes de saúde e fortalece o atendimento à
população. Com isso, 3,6 mil médicos bolsistas serão efetivados pela Agência
Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS), com permanência
nos municípios onde já atuam, mantendo o vínculo com a comunidade.
Fonte: Ministério da Saúde
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