Campanha sobre sintomas da dengue é reforçada e 6,5 milhões de testes rápidos e inéditos serão distribuídos nacionalmente.
Com o slogan “Tem sintomas?
A hora de ficar atento à dengue, Zika e chikungunya é agora”, campanha foca em
estados com tendência de aumento de casos. Ao mesmo tempo, iniciativa inédita
envia testes rápidos para ampliar identificação precoce da dengue.
Para reduzir os casos e
óbitos por dengue, Zika e chikungunya durante o período sazonal no Brasil, o
Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, intensificou, a partir da
segunda-feira, 20 de janeiro, a campanha de conscientização e mobilização, com foco
nos estados que apresentam tendência de aumento de casos das arboviroses.
O foco da campanha está nos
sintomas das doenças, com o slogan: “Tem sintomas? A hora de ficar atento à
dengue, Zika e chikungunya é agora.” A campanha incentiva a população a procurar
as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ao identificar sinais como manchas vermelhas
no corpo, febre, dores de cabeça e dores atrás dos olhos. A iniciativa é
direcionada aos estados do Acre, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro,
Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Tocantins e ao
Distrito Federal.
Outra ação que integra os
esforços no combate à dengue inclui a distribuição de 6,5 milhões de testes
rápidos inéditos para diagnóstico da doença em todos os estados do país. É a primeira
vez que o Governo Federal envia esse tipo de teste. O intuito é ampliar a
identificação precoce dos casos, especialmente em localidades distantes e com
acesso limitado a serviços laboratoriais. O investimento federal soma mais de
R$ 17,3 milhões. A distribuição vai começar na próxima semana e os gestores
estaduais serão orientados por meio de uma nota técnica com critérios de uso.
CAMPANHA — A campanha segue
nos canais digitais do Ministério da Saúde e canais abertos de televisão, rádio
e jornais locais de grande circulação. O objetivo é chamar a atenção para a
eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti e incentivar a população a
dedicar 10 minutos por semana para controlar os focos de reprodução do inseto.
A campanha “Tem sintomas? A
hora de ficar atento à dengue, Zika e chikungunya é agora” é parte de um
esforço amplificado do Governo Federal para reforçar a vigilância e a prevenção
das arboviroses, especialmente no período chuvoso. Segundo a ministra da Saúde,
Nísia Trindade, o governo tem trabalhado para reduzir os casos e óbitos
causados por essas doenças. “Estamos unindo esforços para proteger a população
durante o período mais crítico. Diagnóstico precoce, prevenção e assistência
médica são nossas prioridades”, destacou a ministra.
A etapa inicial da campanha,
lançada em 18 de outubro do ano passado, já alertava a população sobre a
importância de eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti com o slogan “Tem
10 minutinhos? A hora de prevenir é agora”.
Além da conscientização, o
Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação contra a dengue como
estratégia preventiva, embora a disponibilidade de doses ainda dependa do
fornecimento pelos fabricantes.
SINTOMAS — Os sintomas da
dengue geralmente surgem entre 4 e 10 dias após a picada do mosquito infectado
e podem variar de leves a graves. Os sinais mais comuns incluem:
- Febre alta de início
abrupto;
- Dor de cabeça intensa,
especialmente atrás dos olhos.
- Dores musculares e nas
articulações
- Diarreia
- Náuseas e vômitos
- Dor nas costas
- Manchas vermelhas na pele
(exantema).
- Conjuntivite (olhos
vermelhos)
TESTES INÉDITOS — Dos 6,5
milhões de testes rápidos para identificar dengue, 4,5 milhões serão
distribuídos na primeira remessa. Os dois milhões de testes restantes serão utilizados
como estoque estratégico para atender as localidades que possam apresentar
acréscimo no número de casos e necessitem de uma resposta rápida no
diagnóstico. O processo de aquisição dos testes rápidos foi iniciado em 2024.
O Sistema Único de Saúde
(SUS) já possui outros dois tipos de testes para identificação da dengue: o de
biologia molecular e o sorológico, ambos disponíveis nos Laboratórios Centrais
de Saúde Pública (Lacen). Com o anúncio do Governo Federal, a população passa a
contar com uma terceira opção, que é o teste rápido, capaz de detectar a
presença do vírus da dengue, mas sem identificar o sorotipo. Esses testes
estarão disponíveis na rede pública, como Unidades Básicas de Saúde, conforme a
distribuição da gestão local.
Ethel Maciel, secretária de
Vigilância em Saúde e Ambiente, explica que o teste é uma ferramenta para
ampliar a assistência na rede de atendimento local. "Não podemos esquecer
a importância da manutenção da coleta das amostras para a vigilância epidemiológica,
uma vez que o teste rápido não diferencia os sorotipos da dengue e nem outras
arboviroses, como Zika e chikungunya”, alerta.
PLANO NACIONAL — Em setembro
de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Nísia Trindade
anunciaram o Plano de Ação 2024/2025 para reduzir os impactos das arboviroses,
com investimento de R$ 1,5 bilhão. A iniciativa busca diminuir os números de
casos e mortes causados por dengue, chikungunya, Zika e oropouche,
especialmente durante o próximo período sazonal.
Ainda como parte das ações
para controle das arboviroses, o Ministério da Saúde instalou no início deste
ano o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras
Arboviroses (COE Dengue) para trabalhar casos específicos e apoiar os entes da
rede de atenção.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
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