Senado aprova liberação de até R$ 4,6 bi em emendas bloqueadas.
Imagem ilustrativa - Reprodução/Internet
Projeto foi apresentado pelo líder do governo no Congresso
Na primeira sessão presidida por Davi Alcolumbre, o Senado
aprovou nesta quarta-feira (19) um projeto que libera até R$ 4,6 bilhões de
emendas parlamentares bloqueadas em dezembro pelo Supremo Tribunal Federal
(STF). Aprovado por 65 votos favoráveis e um contrário, o texto segue para a
Câmara dos Deputados.
Relatado pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ), o projeto foi
apresentado pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues
(PT-AP). O texto trata da liberação de restos a pagar não-processados, verbas
de anos anteriores empenhadas (autorizadas), mas não liquidadas, sem a
verificação se o serviço foi executado.
De acordo com a justificativa do projeto, a liberação deverá
acelerar a conclusão de obras inacabadas até o fim de 2026, com restos a pagar
inscritos desde 2019. Atualmente, o Tesouro Nacional bloqueia o resto a pagar
se a liquidação não ocorrer até 30 de junho do segundo ano subsequente à
inscrição, com a possibilidade de cancelamento se o recurso não for
desbloqueado.
Segundo o parecer de Portinho, a liberação ocorrerá para
projetos com licitação já iniciada. Os restos a pagar deverão ser revalidados
conforme as regras da Lei de Responsabilidade Fiscal e da lei complementar
sobre as emendas parlamentares aprovadas no ano passado. A liberação será
proibida apenas para obras e serviços sob investigação ou com indícios de
irregularidades.
Os gastos também entrarão no arcabouço fiscal, estando
sujeitos ao teto de crescimento da despesa de 70% do crescimento real (acima da
inflação) da receita no ano anterior, dentro de um limite de 0,6% a 2,5% de
alta real.
A aprovação ocorre num momento de tensões entre o Congresso e
o Supremo Tribunal Federal (STF) em torno da transparência na execução de
emendas parlamentares. Caso o projeto seja aprovado pelo Congresso e sancionado
pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, verbas remanescentes do orçamento
secreto, bloqueados desde o fim de 2022, e das emendas de comissão, bloqueadas
no fim do ano passado, podem ser liberadas.
Agência Brasil
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