ARBOVIROSES: Paraíba registra queda de 23,4% nos casos de dengue nos 2 primeiros meses de 2025.
Segundo painel de monitoramento do Ministério da Saúde, foram
contabilizados 1.864 casos prováveis nas primeiras semanas de 2025 contra 2.434
no mesmo período do ano passado.
Nos dois primeiros meses de 2025, a Paraíba registrou uma
redução de 23,4% nos casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo
período de 2024. O estado segue a tendência nacional, que apresentou um recuo
de 69,25% nos casos de dengue em todo o país. O levantamento corresponde às
semanas epidemiológicas 1 a 9, compreendendo o intervalo de 29 de dezembro de
2024 a 1º de março de 2025. A queda nos números demonstra a efetividade das
medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios,
mas reforça a necessidade de esforços contínuos para manter a tendência de
redução.
De acordo com o painel de monitoramento da pasta, nos
primeiros meses de 2025, foram registrados 1.864 casos prováveis de dengue na
Paraíba, contra 2.434 no mesmo período de 2024. Em todo o Brasil, foram
contabilizados 493 mil casos prováveis da doença, 217 óbitos confirmados e 477
mortes em investigação. No mesmo período do ano passado, o país havia
registrado 1,6 milhão de casos prováveis, 1.356 óbitos confirmados e 85 em
análise.
A região Sudeste concentra a maior parte dos casos, com 1
milhão de registros em janeiro e fevereiro de 2024 contra 360 mil este ano. O
estado de São Paulo lidera os números atuais, com 285 mil casos prováveis,
representando mais da metade do total do país. E contabiliza também 168 das 217
mortes confirmadas este ano.
2024
Brasil: 1.604.611 casos;
Sudeste: 1.061.436 casos (66,14% do total nacional).
2025
Brasil: 493.403 casos;
Sudeste: 360.989 casos (73,16% do total nacional).
Medidas de controle e parcerias
Desde a ativação do Centro de Operações de Emergências para
Dengue e outras Arboviroses (COE-Dengue), em 8 de janeiro, o Ministério da
Saúde intensificou ações para conter o avanço das arboviroses. Entre as
principais estratégias adotadas estão:
👉Visitas técnicas a estados e municípios para reforçar a
vigilância e o controle da doença;
👉Distribuição de 4,5 milhões de testes de diagnóstico para
dengue, priorizando localidades com menor acesso a laboratórios;
👉Expansão do método Wolbachia para 44 cidades em 2025,
ampliando uma estratégia inovadora de controle do Aedes aegypti;
👉Reuniões ampliadas do COE com representantes da sociedade
civil, sindicatos, federações e entidades científicas;
👉Mobilização em escolas, em parceria com o Ministério da
Educação (MEC), para conscientizar crianças e jovens sobre a prevenção; e
👉Parceria com o Instituto Butantan para a produção da primeira
vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue. A previsão é
disponibilizar 60 milhões de doses anuais a partir de 2026, com possibilidade
de ampliação conforme a demanda.
Febre amarela: atenção redobrada
Além da dengue, a pasta reforça a necessidade de ampliar a
cobertura vacinal contra a febre amarela, principal estratégia de prevenção da
doença. A intensificação da vigilância epidemiológica é fundamental,
especialmente no monitoramento de primatas não humanos com suspeita de febre
amarela e na identificação precoce de possíveis casos em humanos. Esse
acompanhamento permite antecipar surtos e garantir uma resposta rápida das
autoridades de saúde.
Fonte: Ministério da Saúde
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