Dia da Mulher: 7 em cada 10 mulheres abriram mão da saúde física ou de hobbies em prol do trabalho.
Pesquisa inédita da Todas Group e da Nexus entrevistou 1.203
mulheres que trabalham em grandes empresas e multinacionais
Caso as empresas fossem implementar uma única mudança
concreta para mulheres no dia 8 de março, data em que é celebrado o Dia
Internacional das Mulheres, 20% das brasileiras optariam por programas de
aceleração de carreira. Além disso, 18% escolheriam flexibilização da jornada
de trabalho. Neste cenário de trabalho das mulheres, 7 em cada 10 afirmam que
abriram mão da saúde física ou de hobbies em prol do trabalho. Os dados são de
uma pesquisa inédita da Todas Group e da Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados.
O levantamento entrevistou 1.203 mulheres que trabalham em
grandes empresas e multinacionais. A pesquisa foi conduzida de forma online.
A cofundadora da Todas Group, Dhafyni Mendes, destaca que os
resultados da pesquisa demonstram que quando questionadas sobre o que
gostariam, as mulheres pedem que os homens estejam mais envolvidos no debate
sobre apoio para a liderança feminina. “Para que juntos possam crescer e gerar
resultados”, afirma.
“Na minha visão, as mulheres estão cientes dos seus desafios,
mas em nenhum momento em tom de competição entre gêneros ou vitimismo”, avalia.
“A liderança feminina, comprovadamente por inúmeros estudos,
traz melhores resultados em lucratividade, inovação e bem-estar organizacional.
Logo, esse é um tema estratégico para a liderança e não deveria ser um assunto
apenas de mulheres na companhia”, ressalta Dhafyni Mendes.
Ambiente de trabalho, maternidade e barreiras
Com relação ao ambiente de trabalho, as entrevistadas
afirmaram que o assédio moral ou sexual e o ambiente de trabalho ruim são os
principais fatores que levam uma mulher a sair de uma empresa. As respostas
sobre assédio ou ambiente ruim foram dadas por 47% e 39% das respondentes,
respectivamente.
Outro desafio para as brasileiras no mercado profissional é o
equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, que é prioridade para quase metade
delas, correspondendo a 46% das entrevistadas. A saúde mental e o bem-estar
aparecem em seguida, para 40%, e a estabilidade financeira e a segurança no
trabalho tiveram 39% das respostas.
Para as mães, há um desafio maior. Para esse grupo de
trabalhadoras, a carga mental excessiva, apontada por 50% das
entrevistadas, e a pressão para provar que são tão dedicadas quanto colegas sem
filhos, apontada por 26%, são os principais obstáculos no ambiente de trabalho.
O estudo indica, ainda, que 8 em cada 10 mulheres afirmam
enfrentar barreiras para crescer na carreira – percentual que chegou a 83% das
respostas. Já 38% das mulheres apontaram muitos entraves. Para CEOS,
presidentes, vices e sócias, o indicador de muitas dificuldades chega a 48%.
Fonte: Brasil 61 -
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