Estados do Nordeste se preparam para período de chuvas intensas.
Reunião virtual articulou as principais ações de mitigação e resposta que os estados devem adotar
Encontro virtual com Defesa Civil Nacional contou com órgãos
de monitoramento para compartilhar ações de mitigação e resposta a desastres.
A região Nordeste já se prepara para os eventos extremos dos
próximos meses com base nas previsões feitas pelos órgãos de monitoramento do
Governo Federal. Em uma reunião virtual realizada pelo Ministério da Integração
e do Desenvolvimento Regional (MIDR) nesta quinta-feira (13), a Secretaria
Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) articulou as principais previsões
para ações de mitigação e resposta que os estados devem adotar já nos próximos
dias. O encontro contou com representantes das defesas civis dos estados, o
Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Instituto de Pesquisas Espaciais
(INPE), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais
(Cemaden), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Serviço
Geológico do Brasil (SGB), além de diversas outras pastas do Governo Federal
que integram o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil.
A coordenadora-geral de Gestão de Processos do Centro
Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Júnia Ribeiro,
destacou os esforços para apoiar os municípios, capacitar novos gestores e
fortalecer a formação das defesas civis locais. "É muito bom saber que
esse começo de ano tem sido dedicado a vocês buscarem os municípios,
capacitarem os novos gestores e envolverem o Ministério Público", afirmou.
Ela também ressaltou a atuação da Defesa Civil Nacional em
janeiro deste ano. “Neste começo de ano, nossa equipe do Grupo de Apoio a
Desastres (GADE) atuou diretamente na Bahia e no Piauí. Nos deparamos com
alguns municípios sem defesa civil. Por isso, a capacitação é fundamental para
estarem preparados", destacou.
Monitoramento e previsões meteorológicas
Um dos principais pontos discutidos na reunião foi o alerta
do Inmet, que prevê chuvas mais intensas na região norte do Nordeste nos
próximos dias, especialmente na bacia hidrográfica do Parnaíba, impactando
cidades como São Luís, Teresina, Fortaleza e regiões próximas.
Além disso, ao longo dos próximos meses, será necessário um
acompanhamento especial das regiões metropolitanas de Recife, Salvador, João
Pessoa e Maceió, que podem enfrentar riscos de inundações e deslizamentos de
terra. Essas previsões serão reavaliadas nos próximos dias.
O tenente-coronel Fonseca, representante da Defesa Civil do
Rio Grande do Norte, compartilhou como o estado tem se preparado para os riscos
hidrológicos. “Na Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil, elaboramos um
roteiro informativo para orientar as ações diante das chuvas intensas. Com um
mês de antecedência da quadra chuvosa, iniciamos esse planejamento em conjunto
com as coordenadorias municipais de defesa civil, incentivando a implementação
dessas medidas preventivas”, explicou.
A coordenadora-geral de Monitoramento e Alerta substituta,
Izabella Rufino, reafirmou o compromisso do Cenad na preparação dos municípios
nordestinos para a chegada do Defesa Civil Alerta, nova ferramenta de envio de
alertas de emergência do Governo Federal. A iniciativa é coordenada pela Defesa
Civil Nacional, em parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
e prestadoras de telefonia móvel.
“Estamos entrando na fase de expansão dessa ferramenta para
os estados do Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Já no próximo mês, teremos
equipes de treinamento para capacitar os agentes locais. Iniciamos o
projeto-piloto em agosto do ano passado, avançamos para a nacionalização em
dezembro nas regiões Sul e Sudeste e agora estamos iniciando as tratativas de
ampliação para todo o país”, destacou.
Risco de estiagem e reforço na Operação Carro-Pipa
Embora algumas áreas do Nordeste possam enfrentar chuvas
intensas, há previsões de precipitações abaixo da média em determinadas regiões
nos próximos meses. Esse cenário traz um alerta para o semiárido, onde
episódios de estiagem podem se intensificar. Representante da Defesa Civil da
Bahia, Juliana Evangelista enfatizou a importância desses encontros virtuais
para o planejamento e a atuação coordenada.
“Essas reuniões de monitoramento são essenciais para nos dar
um direcionamento sobre como agir diante dessas situações. Nossa principal
preocupação é o semiárido, e reforçamos a necessidade de fortalecer a Operação
Carro-Pipa (OCP) para ampliar nossa capacidade de enfrentamento da seca no
estado”, pontuou.
Com esse planejamento conjunto, a Defesa Civil Nacional e os
estados do Nordeste reforçam a preparação para os desafios climáticos dos
próximos meses, garantindo ações mais eficazes de mitigação e resposta a
desastres.
Fonte: MIDR
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