Dino manda suspender pagamento de 1,2 mil emendas da saúde.
Ministro constatou descumprimento de medida determinada por ele
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF),
determinou nesta quarta-feira (30) o bloqueio de 1.283 emendas parlamentares
destinadas à área de saúde.
A decisão vale para emendas que apresentaram irregularidades
pela falta de abertura de contas bancárias específicas para o recebimento dos
recursos.
Segundo o ministro, a abertura de contas individualizadas foi
determinada em agosto do ano passado e ainda não foi cumprida totalmente,
conforme informações da Advocacia-Geral da União (AGU). Do total de emendas
destinadas para a saúde, 6.040 não apresentaram problemas, mas 1.283 continuam
irregulares.
"Em razão da ausência da abertura e/ou regularização de
contas específicas, individualizadas por emenda, não resta alternativa a não
ser o bloqueio das emendas parlamentares da saúde relativas às 1.283 contas não
regularizadas", justificou o ministro.
O impasse sobre a liberação das emendas começou em dezembro
de 2022, quando o STF entendeu que as emendas chamadas de RP9 (relator) eram
inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução
que mudou as regras de distribuição dos recursos para cumprir a determinação da
Corte, mas várias irregularidades continuam sendo encontradas.
Na segunda-feira (25), Flávio Dino concedeu prazo de dez dias
para a Câmara dos Deputados e o Senado informarem como vão realizar o registro
dos parlamentares que são autores das emendas de comissão e de bancada ao
Orçamento da União.
Agência Brasil
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