Ministério da Saúde quer incorporar vacina contra chikungunya ao SUS
Vacina foi desenvolvida pelos laboratórios Valneva e Butantan
O Ministério da Saúde vai pedir a incorporação da vacina
contra chikungunya no Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante, produzido
pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa farmacêutica Valneva, teve
seu registro aprovado esta semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa).
Em nota, o ministério informou que o pedido de incorporação
será encaminhado à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS
(Conitec) “para adoção das medidas imediatas necessárias para dar seguimento à
avaliação da oferta do novo imunizante na rede pública de saúde”.
A expectativa da pasta é que, uma vez aprovada e havendo
capacidade produtiva, a vacina seja incorporada ao Programa Nacional de
Imunizações.
Entenda
A vacina foi desenvolvida pelo laboratório Valneva em
parceria com o Instituto Butantan e, segundo o ministério, representa um avanço
significativo no enfrentamento de arboviroses.
A chikungunya é transmitida pela picada do mosquito Aedes
aegypti, também vetor da dengue e do vírus Zika. A doença causa febre alta e
dores intensas nas articulações, podendo evoluir para dor crônica em alguns
casos.
O vírus foi introduzido no Brasil em 2014 e, atualmente,
todos os estados brasileiros registram casos. Até o dia 14 de abril, o país já
havia registrado 68,1 mil casos da doença, com 56 óbitos confirmados.
Tecnologia nacional
Ainda de acordo com a pasta, a vacina aprovada pela Anvisa já
havia sido aprovada por agências regulatórias internacionais como a Food and
Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, e a Agência Europeia de
Medicamentos, para uso em adultos.
O imunizante é uma vacina recombinante atenuada, de dose
única, indicada para pessoas a partir de 18 anos que estejam em risco elevado
de exposição ao vírus. A dose é contraindicada para gestantes e indivíduos
imunocomprometidos.
A previsão é que a produção inicial do imunizante aconteça na
Alemanha, pela empresa IDT Biologika GmbH, com previsão de transferência de
tecnologia para fabricação futura no Brasil pelo Instituto Butantan.
Agência Brasil
Nenhum comentário