Dia Mundial sem Tabaco alerta para uso de cigarros eletrônicos.
Saúde e Inca lançam campanha
sobre malefícios do tabaco e nicotina
Cigarros eletrônicos e
aditivos: sabores e aromas que promovem e perpetuam a dependência de nicotina.
Esse é o tema da campanha lançada nesta quarta-feira (28) pelo Ministério da
Saúde e pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) em alusão ao Dia Mundial sem
Tabaco, lembrado em 31 de maio.
“O dia de hoje não é um dia
menor. Não é um dia para a gente celebrar nada porque temos muita luta ainda,
muito trabalho para salvar vidas, para impedir que essa situação acometa tanto
a saúde das pessoas, com tanto impacto nos sistemas nacionais de saúde do mundo
como um todo”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
“Mas é sempre um dia para
dar muita visibilidade, para que a gente possa retomar energia, trocar
experiências, ver o que está acontecendo de certo no mundo”, disse, ao se
referir ao uso de dispositivos eletrônicos como um novo desafio na luta contra
o tabaco.
“Quando a gente compara o
uso desses dispositivos aqui no Brasil e em países que liberaram a utilização e
tentaram regulamentar de alguma forma, chega a ser quatro, cinco, seis vezes
maior, proporcionalmente, a utilização”, alertou.
A proposta da campanha é
informar o público sobre os malefícios dos produtos de tabaco e nicotina que,
muitas vezes, apresentam características no intuito de se tornarem mais
atrativos para crianças e adolescentes.
Outro objetivo é difundir
informações sobre os danos que os cigarros eletrônicos causam à saúde,
incluindo ao pulmão, ao coração e a outros órgãos, além de ampliar o
conhecimento da população sobre os efeitos dos aditivos de sabor e aroma na
iniciação ao tabagismo e no aumento da dependência.
A campanha alerta ainda para
o papel dos aditivos na atratividade sensorial e no modo como mascaram os danos
dos produtos, dificultando a cessação do vício.
“Os produtos de nicotina e
de tabaco são altamente viciantes e prejudiciais. Cigarros eletrônicos e
aditivos são formas de atrair mais as pessoas para o tabagismo. É necessário
reforçar com a sociedade que produtos fumígenos, em todas as suas formas, fazem
mal à saúde”, destacou o Inca, em nota.
De acordo com o instituto,
parar de fumar sempre vale a pena, em qualquer momento da vida, mesmo que o
fumante já esteja com alguma doença causada pelo cigarro, como câncer, enfisema
ou derrame.
“A qualidade de vida melhora
muito ao parar de fumar”.
Confira, a seguir, o que
acontece com o organismo do fumante ao parar de fumar:
👉após 20 minutos, a pressão
sanguínea e a pulsação voltam ao normal;
👉após duas horas, não há mais
nicotina circulando no sangue;
👉após oito horas, o nível de
oxigênio no sangue se normaliza;
👉após 12 a 24 horas, os
pulmões já funcionam melhor;
👉após dois dias, o olfato já
percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida;
👉após três semanas, a
respiração se torna mais fácil e a circulação melhora;
👉após um ano, o risco de
morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade;
👉após 10 anos, o risco de
sofrer infarto é igual ao das pessoas que nunca fumaram.
Quem deseja parar de fumar
pode recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece tratamento gratuito
para o tabagismo.
Consulte aqui a coordenação de controle do tabagismo da sua
secretaria estadual ou municipal de saúde para mais informações.
Agência Brasil
Nenhum comentário