Paraíba intensifica prevenção de síndromes respiratórias e amplia leitos de retaguarda na rede infantil.
O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da
Saúde (SES), acompanha o cenário das síndromes respiratórias agudas graves
(SRAG) por meio da plataforma de monitoramento da Vigilância em Saúde, a qual
aponta mais de 1.700 casos registrados em 2025, com predominância de vírus como
Influenza, Covid-19, Rinovírus e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), atingindo
mais crianças e idosos. Embora apresente uma redução em relação ao ano passado
(2.051), a SES tem atuado de forma preventiva e estruturada e, entre as
principais medidas adotadas, está a ampliação de 116 leitos pediátricos,
distribuídos entre Unidades de Terapia Intensiva (UTI), enfermarias e
semi-intensivos.
A estrutura também conta com reforço da escala de
profissionais, abertura da sala de situação da pediatria, apoio da Rede Cuidar
com teleinterconsultas em tempo real, e distribuição de insumos e medicamentos
para as unidades de saúde. O plano estadual para enfrentamento das síndromes
respiratórias contempla, além da ampliação de leitos, capacitação de
profissionais, protocolos clínicos atualizados e ações integradas de
vigilância, regulação e testagem em tempo real.
O monitoramento estadual apontou aumento de 63,5% nos
atendimentos pediátricos por SRAG entre fevereiro e abril, com destaque para
João Pessoa, Campina Grande, Sousa e Queimadas.
Outra medida estratégica adotada foi a implementação do
Protocolo Estadual Estendido de Palivizumabe, que oferece proteção a prematuros
nascidos entre 29 e 31 semanas e 6 dias, com até 11 meses e 29 dias de vida,
contra infecções causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório - responsável por
75% das bronquiolites e 50% das pneumonias em crianças pequenas. Com
investimento inicial de R$ 3,5 milhões, a iniciativa é exclusiva na Paraíba e
na Bahia, com início da administração das doses em fevereiro de 2025, por meio
de busca ativa das crianças elegíveis. A previsão é de ampliação da cobertura
ainda este ano, acompanhada da qualificação de profissionais da rede primária e
hospitalar para o manejo das SRAG.
Para o secretário de Saúde da Paraíba, Ari Reis, o
planejamento e a capacidade de resposta do Estado fazem a diferença. “A
estrutura que temos hoje é resultado de um planejamento permanente e integrado.
Antecipamos ações, ativamos a sala de situação para monitoramento em tempo real
e reforçamos a rede com tecnologia, regulação e profissionais capacitados. Essa
capacidade de resposta é reflexo do compromisso do Governo da Paraíba com a
saúde pública, com atenção especial às crianças, que são o público mais vulnerável
neste período”, destacou.
Ao comparar os dados de 2025 com o mesmo período do ano
anterior, observa-se uma redução no número de notificações (de 2.051 em 2024
para 1.703 em 2025) e de casos confirmados (de 991 para 514). Em relação aos
óbitos infantis, também houve queda significativa. Em 2024, foram registrados
13 óbitos de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos; já em 2025, esse número
caiu para 5 óbitos na mesma faixa etária. Os sintomas mais frequentes entre os
casos confirmados são tosse, dispneia, desconforto respiratório, febre e
fadiga.
Para ampliar a proteção dos grupos mais vulneráveis, o
Governo da Paraíba intensificou as estratégias de imunização em todo o estado.
No último Dia D de vacinação, realizado em 10 de maio, foram aplicadas 39.484
doses em 751 pontos, sendo 25.688 contra a Influenza. Os dados parciais
envolvem 199 municípios, com destaque para João Pessoa, Campina Grande, Patos,
Sapé e Sousa entre os que mais vacinaram. Desde o início da campanha, a
cobertura vacinal entre os grupos prioritários ultrapassou 22%, colocando a Paraíba
acima da média nacional.
A chefe do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas da SES,
Fernanda Vieira, ressalta a importância da vacinação e do diagnóstico precoce.
“Estamos diante de um cenário viral diferente dos anos anteriores. A partir da
13ª semana epidemiológica, passamos a registrar maior circulação do Influenza A
e do Rinovírus entre as crianças, com queda dos casos por SARS-CoV-2. A
testagem, a vacinação e a identificação precoce dos sinais de gravidade são
essenciais. A vacina contra gripe está disponível para todas as idades, e sua
ampla adesão é essencial para evitar agravamentos”, explicou.
A rede estadual também intensificou a atuação da Atenção
Primária com protocolos para manejo clínico, estratificação de risco e entrega
de kits com broncodilatadores, espaçadores e soro fisiológico. Casos leves
devem ser tratados nas Unidades Básicas de Saúde, enquanto os moderados e
graves são encaminhados de forma regulada aos hospitais de referência, com
apoio da telemedicina e plantões online 24h em pediatria e neonatologia.
Secom PB
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