Aposentados não precisam acionar justiça por valores do INSS, diz AGU.
O governo federal espera decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF) para anunciar o calendário de restituição dos descontos não autorizados
em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O advogado-geral da União, Jorge Messias, reforçou, na última
sexta-feira (13), que o governo pretende devolver os valores para todos que
foram lesados.
"Nós apresentamos a proposta do plano de pagamento e uma
vez que esse plano seja validado e que o Supremo nos autorize a expedir um
crédito extraordinário, nós vamos ter a condição de apresentar um calendário de
pagamento aos aposentados e pensionistas que já buscaram o INSS, apresentaram a
contestação e já tem a confirmação dos valores, inclusive com a correção
monetária, a serem totalmente ressarcidos", disse Messias ao programa A
Voz do Brasil.
A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com uma ação
pedindo autorização ao Supremo para abertura de crédito extraordinário para
devolução dos valores descontados. Esses recursos não entrariam nos limites de
gastos para os anos de 2025 e 2026.
Jorge Messias também afirmou que os aposentados não precisam
entrar com ação judicial para receber os valores. O governo ainda pediu ao STF
a suspensão das ações em andamento e do prazo de prescrição para a devolução
dinheiro.
"Nós estamos dizendo: 'fiquem tranquilos, o governo vai
fazer o pagamento você não precisa ir ao Judiciário'. Você só vai à Justiça
quando tem uma pretensão resistida. Não é o caso. O governo está garantindo o
pagamento. Mas para que não haja nenhum prejuízo a nenhum aposentado e
pensionista, nós pedimos a suspensão da prescrição porque nós queremos que ele
seja protegido e não tenha seu direito violado"
A AGU também conseguiu que a Justiça bloqueasse quase R$ 3
bilhões de 12 entidades associativas e seus dirigentes.
A Polícia Federal (PF) estima que mais de R$ 6 bilhões foram
descontados irregularmente dos aposentados entre 2019 e 2024.
Agência Brasil
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