Justiça bloqueia R$ 119 milhões de investigados por fraude contra INSS.
Desvios foram apurados pela Operação Sem Desconto, da PF
A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta terça-feira
(3) que a Justiça Federal em Brasília proferiu novas decisões que determinaram
o bloqueio de R$ 119 milhões em bens de empresas e investigados envolvidos nas
fraudes em descontos irregulares nos benefícios de aposentados e pensionistas
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Os bloqueios foram determinados pela juíza federal Luciana
Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, e ocorreram
em cinco ações protocoladas pela AGU.
Em cada processo, foram bloqueados R$ 23,8 milhões em bens
móveis, imóveis e ativos financeiros de oito empresas e nove pessoas físicas.
Os sigilos bancário e fiscal também foram quebrados por determinação judicial.
De acordo com a AGU, há indícios de que as empresas são
suspeitas de atuarem como firmas de fechada para praticar os desvios ilegais
contra os aposentados. Em troca de autorização para a realização dos descontos,
as empresas pagaram propina para agentes públicos.
No mês passado, a AGU pediu o bloqueio de R$ 2,5 bilhões
contra 12 entidades associativas e 60 dirigentes. Por determinação da juíza, o
caso foi fatiado em 15 ações para facilitar a análise dos pedidos.
As fraudes são investigadas na Operação Sem Desconto, da
Polícia Federal, que investiga um esquema nacional de descontos de mensalidades
associativas não autorizadas. Estima-se que cerca de R$ 6,3 bilhões foram
descontados de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.
As ações judiciais fazem parte do trabalho do grupo especial
montado pela AGU para buscar a recuperação do dinheiro descontado
irregularmente dos aposentados.
Agência Brasil
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