Paraíba terá mais de R$ 5 milhões para ampliar cuidados com a saúde da mulher no SUS.
Pacote de serviços ginecológicos beneficiará mais de 1,8
milhão de mulheres no estado. Saúde destina R$ 400 milhões para substituir
aceleradores obsoletos no país, com abertura de inscrições prevista para 14 de
julho
O estado da Paraíba será contemplado com um investimento
federal de R$ 5,8 milhões voltado à saúde da mulher. O recurso integra a Oferta
de Cuidados Integrados (OCI) em ginecologia, anunciada nesta terça-feira (24)
pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, dentro do programa Agora Tem
Especialistas. A iniciativa vai agilizar o acesso a consultas, exames e
procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). No estado, 1,8 milhão de
mulheres em idade fértil serão beneficiadas. No total, o investimento federal será
de R$ 300 milhões por ano em todo o país.
“Elas são a maioria da população e dos usuários do SUS. Para
nós, faz todo sentido a saúde da mulher ser uma prioridade absoluta do
Ministério da Saúde”, afirmou o ministro Alexandre Padilha, ao destacar que a
saúde da mulher é uma das áreas de destaque do programa.
No atendimento com o modelo de OCIs, as mulheres com
endometriose e sangramento uterino anormal, por exemplo, terão diagnóstico mais
rápido e acesso à cirurgia ou ao tratamento. A partir do encaminhamento
realizado pelas equipes da Atenção Primária, elas terão à disposição, em um
único pacote, a consulta médica especializada, a biópsia do endométrio, outros
exames necessários e a teleconsulta de retorno, que também pode ser presencial.
Outras possibilidades da Oferta de Cuidados Integrados - cujo
foco são a realização de exames preventivos essenciais, diagnóstico e
tratamento - incluem procedimentos como ultrassonografia transvaginal,
histeroscopia cirúrgica com biópsia e sedação, além de ressonância magnética de
bacia, pelve e abdômen inferior.
Fortalecimento do acesso à radioterapia
Para ampliar e qualificar o acesso ao tratamento do câncer, o
ministro da Saúde também anunciou a criação do Plano de Expansão da
Radioterapia no SUS (Persus II). O objetivo é substituir os aceleradores
lineares obsoletos e estruturar os estabelecimentos de saúde habilitados para
prestarem serviços ao SUS e que contam com casamatas vazias. Casamatas são
estruturas de concreto reforçado, frequentemente com chumbo, projetada para
abrigar o acelerador linear e outros equipamentos utilizados no tratamento de
radioterapia.
Com investimento de R$ 400 milhões, o Ministério da Saúde vai
adquirir novos equipamentos. Para selecionar os hospitais públicos e
filantrópicos que vão recebê-los, o ministro apresentou o edital de chamamento
no qual a abertura das inscrições está prevista para o dia 14 de julho.
O Persus II integra as ações do Agora Tem Especialistas, que
objetiva consolidar a maior rede pública de prevenção, diagnóstico e controle
do câncer. “Vamos garantir a meta de ter 121 novos aceleradores lineares até o
final de 2026 em funcionamento no SUS. Com equipamentos mais modernos, teremos
maior precisão e capacidade de atender mais pacientes por dia”, destacou
Padilha, ao lembrar que os novos equipamentos vão ampliar o cuidado para mais
de 72 mil pacientes a cada ano.
Pela primeira vez em décadas, o país investe de forma
estruturada no acesso à radioterapia no SUS. Além dos novos aceleradores
lineares, o programa Agora Tem Especialistas viabilizou a criação do Super
Centro Brasil para Diagnóstico de Câncer que, com a participação de
instituições de saúde de excelência – como o Inca e o hospital AC Camargo -,
vai ofertar teleconsultoria, telelaudos e telepatologia.
Fonte: Ministério da Saúde
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