TCE e Ministério Público inspecionam escolas na Paraíba para verificar acesso à água potável e saneamento básico.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), por meio de seus
Auditores de Controle Externo, integra a força-tarefa que inicia nesta 2ª feira
(02), até o próximo dia 6 de junho, inspeção nas condições das escolas
públicas, quanto ao acesso à água potável, saneamento básico e infraestrutura
sanitária. A iniciativa integra o
projeto Sede de Aprender, idealizado pelo Ministério Público de Alagoas e
ampliado nacionalmente pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em
parceria com a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil
(Atricon) e o Instituto Rui Barbosa (IRB).
A idéia fortalece o procedimento que já está em andamento
pelo TCE-PB nas diferentes regiões do Estado, a partir do Pacto Paraibano pela
Primeira Infância, buscando, por meio de treinamentos e reuniões técnicas, a
conscientização dos gestores públicos na elaboração das propostas
orçamentárias, facilitando assim, o processo de fiscalização, contribuindo para
a melhoria das condições de ensino nas unidades escolares no âmbito da Paraíba,
em especial, no tocante à efetiva concretização dos direitos das crianças por
meio de ações estruturadas, com apoio técnico e acompanhamento contínuo nos
seis primeiros anos de idade.
Durante as visitas, será aplicado um questionário com 41
perguntas que tratam da infraestrutura das unidades escolares. O objetivo é
padronizar a coleta de informações, aperfeiçoar a atuação dos órgãos
fiscalizadores e gerar relatórios com base nos dados obtidos em campo. As
visitas seguirão uma amostragem de escolas selecionadas com base nos dados de
uma matriz de risco extraídos da referida Plataforma de Business Intelligence
(BI). A ferramenta permite identificar escolas que ainda não possuem abastecimento
de água potável e/ou infraestrutura de saneamento básico adequada.
A seleção priorizou, para esta etapa inicial da ação, as
unidades de ensino classificadas como de risco sanitário extremo e alto grau de
vulnerabilidade. Com isso, a fiscalização busca atingir de forma mais eficaz as
instituições onde a ausência de condições mínimas pode representar maior
impacto à saúde e à dignidade dos estudantes.
De acordo com o Censo Escolar 2024, mais de 647 mil alunos
estão matriculados em escolas sem acesso à água potável. Outros 179 mil estudam
em unidades sem qualquer fornecimento de água, 357 mil em locais sem
esgotamento sanitário e 347 mil em instituições sem banheiros. A operação
conjunta entre membros dos Ministérios Públicos e dos Tribunais de Contas busca
verificar presencialmente a situação dessas escolas.
A inspeção tem como propósito, também, incentivar a discussão
sobre o ciclo da água nas escolas e lares, visando contribuir com os Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (Agenda 2030), promover mudanças no saneamento e
descarte de resíduos, além de viabilizar a implementação de projetos
pedagógicos relacionados ao tema nas instituições de ensino.
Ascom TCE/PB
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