MEC quer estender Pé-de-Meia a todos do ensino médio da rede pública.
Ação custaria R$ 5 bilhões e depende de aplicação do
orçamento
O ministro da Educação, Camilo Santana, declarou nesta
sexta-feira (11) que quer universalizar o programa federal Pé-de-Meia a todos
estudantes do ensino médio público, a partir de 2026. A declaração foi dada
durante a divulgação do Indicador Criança Alfabetizada no Brasil de 2024.
Pelos cálculos do MEC, a universalização do Pé-de-Meia
precisará de mais R$ 5 bilhões dos cofres públicos. Para viabilizar a ampliação
orçamentária, o ministro tem conversado com representantes do Congresso
Nacional.
"Eu tenho debatido muito isso com os próprios
presidentes das Casas [Câmara e Senado], com a própria Comissão de Educação
sobre a importância de a gente garantir, no orçamento do ano que vem, a
possibilidade de ampliar os recursos para universalizar o Pé-de-Meia no
Brasil."
O ministro relata que, ao ser lançado em janeiro de 2024, o
Pé-de-Meia foi, inicialmente, destinado aos beneficiários do programa Bolsa
Família. No segundo semestre, a chamada "poupança do ensino médio"
foi ampliada aos estudantes da rede pública com inscrição ativa no Cadastro
Único de Programas Sociais do governo federal (Cadúnico), o que possibilitou o
crescimento do número de beneficiários de 2,5 milhões para mais de 4 milhões de
jovens do ensino médio público, em um ano.
Camilo Santana explica que, atualmente, a renda familiar por
pessoa é o critério para ter inscrição ativa no CadÚnico e, portanto, delimita
quem tem direito às parcelas do benefício do programa de incentivo
financeiro-educacional, que somadas podem chegar a R$ 9,2 mil nos três anos
letivos do ensino médio.
"Às vezes, a
diferença entre um aluno e outro, dentro da sala de aula, é tão pequena na
questão do CadÚnico, na renda per capita, que não justificaria que ele também
não tenha recebido o Pé-de-Meia", exemplificou.
Pé-de-Meia
O programa federal tem o objetivo de promover a permanência e
a conclusão escolar de estudantes matriculados no ensino médio público e, desta
forma, democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens.
Agência Brasil
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