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INSS suspende contratos com Crefisa por coação de aposentados, venda casada e outras irregularidades.

Imagem ilustrativa - Reprodução/Internet

Empresa foi vencedora em 25 dos 26 lotes disponíveis para pagamento de novos benefícios em leilão no ano passado.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu preventivamente os contratos com a operadora financeira Crefisa após identificar irregularidades na prestação de serviços aos aposentados e pensionistas.

O despacho com a decisão foi publicado no "Diário Oficial da União" (DOU) nesta quinta-feira (21). A Crefisa venceu, no ano passado, o leilão da folha de pagamento, 25 dos 26 lotes disponíveis.

Em nota, o INSS informou identificou seis irregularidades na prestação de serviços.

Dificuldade ou impedimento no recebimento do benefício: registros de atrasos, recusas de pagamento e limitações para saque;

Coação para a abertura de conta corrente e venda casada de produtos;

Falta de estrutura adequada nas agências bancárias: filas extensas, ausência de caixas eletrônicos (ATMs) e inadequação do espaço físico;

Portabilidades indevidas e não autorizadas;

Falta de um sistema de triagem e emissão de senhas;

Falta de informações claras e atendimento inadequado.

O despacho que determinou a suspensão foi assinado pelo presidente do INSS, Gilberto Waller. A decisão justifica que a suspensão preventiva é "necessária para cessar as irregularidades e salvaguardar o interesse público, até a conclusão definitiva dos processos de apuração".

O INSS também informou que a Crefisa é alvo de reiteradas reclamações em ofícios encaminhados por Procons, Ministério Público Federal, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e manifestações dos beneficiários nos diversos canais da autarquia.

A suspensão preventiva afeta a concessão de novos benefícios e não atinge as aposentadorias e pensões de beneficiários que já vêm recebendo o benefício pela empresa.

No último dia 12, o INSS já havia suspendido os contratos com o Agibank por ter identificado irregularidades semelhantes.

A reportagem procurou a Crefisa, mas não recebeu retorno até a última atualização deste texto.

 

- Esta reportagem está em atualização

 

 

Por Guilherme Balza, Guilherme Mazui, g1 — Brasília

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