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Prefeito de São Bernardo é afastado do cargo após operação da PF sobre esquema de corrupção; R$ 14 milhões foram encontrados com servidor.


Justiça determinou o afastamento dele do cargo por um ano e o uso de tornozeleira eletrônica.

O prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos), é alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (14) que investiga um suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na Prefeitura da cidade, que fica na Grande São Paulo.

A PF chegou a requerer a prisão dele, mas a Justiça negou o pedido. No entanto, determinou o afastamento do cargo por um ano e o uso de tornozeleira eletrônica.

O atual presidente da Câmara Municipal da cidade e primo do prefeito, vereador Danilo Lima Ramos (Podemos), também é alvo da política, assim como o suplente de vereador Ary José de Oliveira (PRTB).

Procurada, a gestão do prefeito Marcelo Lima (Podemos) não havia dado retorno até a última atualização desta reportagem. O g1 também tenta localizar a defesa do vereador e do suplente.

Com o afastamento do prefeito, quem assume o comando da cidade é a vice-prefeita, Jessica Cormick, do Avante.

Apreensão de R$ 14 milhões

De acordo com a PF, a investigação começou no mês passado a partir da apreensão de R$ 14 milhões e US$ 500 mil em espécie na posse de um servidor público considerado o operador do esquema.

Na época, o assessor não chegou a ser preso, mas os agentes se debruçaram na análise do celular dele e descobriram uma relação muito próxima e direta com o prefeito da cidade.

Ao todo, a Operação Estafeta cumpre duas prisões preventivas, 20 mandados de busca e apreensão e medidas de quebra de sigilos bancário e fiscal nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá e Diadema.

As ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e incluem ainda afastamento de cargos públicos e monitoramento eletrônico de investigados.

Os envolvidos poderão responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e corrupção ativa.


 

Por Isabela Leite, Rodrigo Rodrigues, Léo Arcoverde, GloboNews e g1 SP — São Paulo

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