Base do governo na Câmara vai ao STF contra PEC da Blindagem.
Parlamentares alegam que proposta não seguiu o rito adequado
Os líderes do PT, PSB e PSOL entraram nesta quinta-feira (18)
no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação para suspender a tramitação da
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringe a abertura de
investigações contra deputados e senadores.
No mandado de segurança enviado ao Supremo, os parlamentares
alegam que chamada PEC da Blindagem, aprovada na terça-feira (16), não seguiu o
rito adequado e afronta o regimento interno da Casa e a Constituição.
Os partidos questionam a falta de apresentação de emendas
dentro do prazo regimental e de publicidade prévia do parecer do relator, além
da convocação das sessões de deliberação sem antecedência mínima para votação
da proposta.
No entendimento dos partidos, as irregularidades na
tramitação da PEC devem ser sanadas pela Corte.
“A continuidade da tramitação da PEC 3/2021 pode consolidar
vício insanável, tornando irreversível a lesão ao devido processo legislativo.
Se o processo alcançar aprovação em dois turnos, o texto aprovado será enviado
à apreciação do Senado, e a emenda poderá passar a integrar o texto
constitucional, dificultando ou até inviabilizando a reversão de seus efeitos”,
argumentam os partidos.
Após a aprovação da PEC, a matéria foi enviada ao Senado. Em
caso de aprovação, a proposta será promulgada pelo Congresso e entrará em
vigor.
A PEC determina que qualquer abertura de ação penal contra
parlamentar depende de autorização prévia, em votação secreta, da maioria
absoluta do Senado ou da Câmara. Além disso, a proposta concede foro no Supremo
para presidentes de partidos.
Agência Brasil


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