Estudantes de baixa renda de curso de medicina terão ajuda do governo.
Resolução que cria o PBP-PMM
está publicada no DOU desta segunda-feira
Estudantes em situação de
vulnerabilidade socioeconômica, matriculados em cursos de medicina credenciados
pelo Mais Médicos, vão ter auxílio mensal do governo federal para ajudar a
custear a vida acadêmica e social para que possam permanecer estudando até a
conclusão do curso.
Com esse objetivo, o
Ministério da Educação (MEC) criou o Programa de Bolsa Permanência no âmbito do
Programa Mais Médicos (PBP-PMM). A Portaria nº 655/2025 que institui o auxílio
está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (22).
Quem tem direito
O requisito básico para
receber o auxílio financeiro é estar inscrito no Cadastro Único para Programas
Sociais do governo federal (CadÚnico) com registro ativo e atualizado.
No caso de cursos de
medicina de instituições particulares, o estudante deve ser bolsista integral,
com o benefício oferecido pela própria faculdade.
Para ser elegível, ele
precisa estar matriculado em um curso de medicina credenciado pelo programa
Mais Médicos não pode:
>ter concluído nenhum
outro curso de ensino superior;
>ser beneficiário do
Programa Bolsa Permanência de Instituições Federais de Ensino Superior (IFES),
com matrícula ativa em curso de medicina de universidades federais;
>ultrapassar a renda
familiar bruta mensal por pessoa de 1,5 salário mínimo, ou seja, R$ 2.277, em
2025.
Cadastro
O estudante interessado em
concorrer à bolsa PBP-PMM deverá se cadastrar no Sistema de Gestão da Bolsa
Permanência (SISBP), e anexar os documentos que comprovem a renda familiar por
pessoa; a matrícula ativa em curso de medicina autorizado. O acesso ao SISBP
precisa ser feito com um conta do portal Gov.br. É necessário também assinar o
termo de compromisso, disponibilizado no anexo II da mesma portaria.
Seleção dos estudantes
De acordo com a portaria, a
seleção dos estudantes no PBP-PMM deverá ser feita pelas instituições de ensino
superior (IES).
No processo de seleção, os
critérios publicados na portaria MEC estabelecem que as instituições de ensino
deverão selecionar os estudantes com menor renda familiar. E dentro de cada uma
das faixas de renda bruta mensal familiar per capita, a prioridade é para quem estudou
o ensino médio em escolas públicas.
As universidades federais
deverão priorizar os que entraram no ensino superior por cotas de
vulnerabilidade social.
O PBP-PMM abrangerá alunos
de cursos de medicina de universidades federais e de instituições de ensino
superior privadas.
A participação no PBP-PMM
deverá ser formalizada pela instituição de ensino superior mediante a
assinatura de Termo de Adesão, conforme a nova legislação.
Valor e pagamento
O valor da bolsa será
definido pelo MEC e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE),
e não será inferior ao valor de uma bolsa de iniciação científica (atualmente,
em R$ 700).
A bolsa pode ser acumulada
com outras bolsas acadêmicas, desde que o total recebido pelo estudante não
ultrapasse 1,5 salário mínimo por mês.
O pagamento será feito
diretamente pelo FNDE ao beneficiário, após a instituição de ensino homologar
mensalmente a matrícula e a situação do aluno matriculado.
Suspensão ou cancelamento
A bolsa PBP-PMM pode ser
cancelada se o estudante:
>trancar ou suspender a
matrícula no curso;
>perder a bolsa integral
em uma faculdade particular;
>trocar de curso ou
faculdade onde foi originalmente selecionado;
>tiver o rendimento
acadêmico insuficiente (aprovação em menos de 75% das disciplinas);
>ultrapassar dois
semestres do prazo previsto para a conclusão do curso;
>receber outra bolsa de
permanência federal (a bolsa IFES);
>fornecer informações ou
documentos falsos.
Saiba mais sobre o novo Programa de Bolsa Permanência destinado
a estudantes de graduação matriculados em cursos de Medicina autorizados no
âmbito do Programa Mais Médicos.
Agência Brasil
Nenhum comentário