Gonet pede condenação de nove réus do núcleo 3 da trama golpista.
Grupo é acusado de planejar "ações táticas" para
plano golpista
O procurador-geral da República, Paulo Gonet (foto), pediu
nesta segunda-feira (15) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação de nove
réus do núcleo 3 da trama golpista ocorrida durante governo do ex-presidente
Jair Bolsonaro.
Nas alegações finais enviadas ao STF, última fase antes do
julgamento, Gonet reiterou a denúncia apresentada contra os réus, que são
acusados de planejar "ações táticas" para efetivar o plano golpista.
O núcleo é composto por oito militares do Exército e um
policial federal. Eles respondem aos crimes de organização criminosa armada,
tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de
Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de
patrimônio tombado.
Na manifestação, Gonet defendeu que a acusação contra o
tenente-coronel, Ronald Ferreira de Araújo Júnior, um dos réus, seja
desclassificada para o crime de incitação das Forças Armadas contra os poderes
constitucionais.
Com a medida, o acusado poderá ter direito a um acordo para
se livrar de condenação. Atualmente, ele responde aos cinco crimes imputados a
todos os réus.
Fazem parte deste núcleo os seguintes investigados:
Bernardo Romão Correa Netto (coronel);
Estevam Theophilo
(general);
Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel);
Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel);
Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel);
Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel);
Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel);
Wladimir Matos Soares (policial federal).
Próximos passos
A partir de agora, as defesas dos acusados terão prazo de 15
dias para enviarem ao Supremo suas alegações finais. Em seguida, o ministro
Alexandre de Moraes, relator do caso, deve liberar o processo para julgamento.
Outros núcleos
Até o momento, somente o núcleo 1, formado pelo ex-presidente
Jair Bolsonaro e mais sete réus, foi condenado.
Além do núcleo 3, serão julgados neste ano os núcleos 2 e 4.
O núcleo 5 é formado pelo empresário Paulo Figueiredo, neto
do ex-presidente da ditadura João Figueiredo. Ele mora nos Estados Unidos e não
apresentou defesa no processo.
Agência Brasil


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