"ARROCHADO O NÓ": Moraes manda PGR se manifestar sobre pedido de prisão de Eduardo Bolsonaro.
O parlamentar está nos
Estados Unidos e já foi denunciado pela PGR no Supremo.
O ministro Alexandre de
Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou nesta quinta-feira (2) a PGR
(Procuradoria-Geral da República) se manifestar sobre os pedidos de prisão
preventiva contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O prazo para a
manifestação determinado pelo magistrado é de 5 dias.
No despacho, o ministro cita
os pedidos dos deputados federais Lindbergh Farias (PT-RJ) e Talíria Perone
(Psol-RJ). Os parlamentares ainda solicitam o bloqueio de pagamentos de
salários e verba indenizatória.
Os parlamentares governistas
ainda pedem que o ministro determine que a Mesa Diretora e o Conselho de Ética
da Câmara apreciem de forma imediata os pedidos de cassação contra o deputado.
"A decretação da prisão
preventiva de Eduardo Bolsonaro, nos termos do art. 312 do CPP, para garantia
da ordem pública, da ordem econômica, da instrução criminal e da aplicação da
lei penal, diante da permanência das manifestações golpistas e intensificação
da atuação ilícita em território estrangeiro", dizem os parlamentares ao
ministro.
Eduardo está nos Estados
Unidos desde fevereiro deste ano e foi recentemente denunciado pela PGR pela
prática do crime de coação no curso do processo, devido à sua atuação no país
estrangeiro contra o processo que condenou seu pai, Jair Bolsonaro (PL).
Na última terça-feira (30),
o STF publicou um edital que notifica o deputado para responder à denúncia da
PGR no prazo de 15 dias. Antes disso, oficiais de Justiça alegaram que não
conseguiram notificar o parlamentar.
Na decisão que determinou a
notificação por edital, Moraes considerou que não restavam dúvidas de que
Eduardo estava "criando dificuldades" para não ser notificado. Com a
publicação do edital, o prazo para resposta já está sendo contado.
Davi Vittorazzi, da CNN, Brasília
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