Brasil recebe lote de medicamento para tratar câncer de mama no SUS
Nesta primeira remessa,
chegaram 11.978 unidades do remédio
O Ministério da Saúde
recebeu, nesta segunda-feira (13), o primeiro lote do medicamento trastuzumabe
entansina, incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS), em 2022, para o
tratamento do câncer de mama. O remédio é indicado para quem ainda continuou
com a doença após a quimioterapia inicial, geralmente em casos de câncer de
mama HER2-positivo em estágio 3, informou a pasta.
Nesta primeira remessa,
chegaram 11.978 unidades. Ao todo, serão quatro lotes do medicamento, sendo que
as próximas entregas estão previstas para dezembro deste ano, março e junho do
ano que vem. Segundo o ministério, os insumos atenderão a 100% da demanda atual
pelo medicamento no SUS. Ainda em 2025, 1.144 pacientes devem ser beneficiados.
O medicamento será repassado
às secretarias estaduais de Saúde, que farão a distribuição de acordo com os
protocolos clínicos vigentes. O investimento total do governo federal é de R$
159,3 milhões para a compra de 34,4 mil frascos-ampola do medicamento.
O diretor do Departamento de
Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, José Barreto Campello Carvalheira,
falou à imprensa, no local em que a carga foi recebida, no almoxarifado do
Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).
“É gigantesco o avanço para
a oncologia nacional. É uma medicação que vai reduzir em 50% a mortalidade das
pacientes que têm HER2- positivo, que é um tipo de câncer de mama. É uma grande
vitória do povo brasileiro. O Ministério da Saúde fica orgulhoso de poder estar
fazendo essa entrega hoje dentro do Outubro Rosa”, disse o diretor.
“Nas pacientes que ficam com
restos tumorais, no câncer de mama, você pode colocar [esse medicamento] agora
à disposição para fazer um novo tratamento. Ele garante 50% de redução de
mortalidade, 50% menos recidiva local, é realmente um grande avanço, é
diminuição de mortalidade”, explicou.
Segundo Carvalheira, a
previsão é que o medicamento chegue aos pacientes já a partir deste mês, até o
começo de novembro.
Agência Brasil
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