Doação de órgãos: entenda quem pode doar e como funciona o processo.
Pretende ser um doador de
órgãos? No Brasil, há dois tipos reconhecidos: vivos e falecidos. Cada processo
segue critérios médicos e legais específicos para garantir segurança ao doador
e ao receptor.
O doador vivo deve ser maior
de idade, juridicamente capaz, saudável e que concorde com a doação, desde que
isso não comprometa a própria saúde. Esse doador pode conceder um dos rins,
parte do fígado, ou dos pulmões. Em todos os casos, é necessário haver
compatibilidade sanguínea.
A avaliação médica é
rigorosa e considera o histórico clínico e doenças prévias. Pela legislação
brasileira, parentes até o quarto grau e cônjuges podem doar. Por outro lado,
pessoas sem vínculo familiar só podem realizar a doação com autorização
judicial.
O cirurgião geral Luiz
Gustavo Guedes, especializado em transplantes de fígado, explica quais órgãos
podem ser doados em vida e reforça os cuidados tomados para preservar a saúde
do doador.
“Existem alguns transplantes
que podem ser realizados com o doador vivo, então, de uma pessoa viva para uma
outra pessoa. São basicamente um transplante de rim, uma parte do fígado e uma
parte do pulmão também pode ser doado. São procedimentos que são mais
complexos, mas que, quando bem avaliados, além de conseguir recuperar o
paciente que está precisando do transplante, mantém a segurança e a vida do
paciente que está doando também”, informa.
Doador falecido
Já o doador falecido é
aquele com diagnóstico de morte encefálica ou morte por parada
cardiorrespiratória. No caso de morte encefálica é possível doar órgãos como
coração, rins, pulmões, fígado, pâncreas e intestino, além de tecidos como
córneas, ossos, válvulas, pele e tendões. Quando o óbito é por parada
cardiorespiratória só os tecidos podem ser doados. Porém, a doação só é
realizada após a autorização familiar, mesmo que a pessoa tenha manifestado
esse desejo em vida.
O Dr. Luiz Gustavo Guedes
também esclarece como é feito o diagnóstico de morte encefálica e destaca a
segurança do protocolo adotado no Brasil.
“O que as pessoas precisam
saber sobre o processo de doação é que esse diagnóstico é feito para pessoas
que estão com um quadro neurológico irreversível e ele é feito por três médicos
que avaliam esse paciente em momentos diferentes. Então é um procedimento
bastante seguro, um protocolo que é muito preciso na confirmação desse
diagnóstico e não há possibilidade de falha nesse processo”, ressalta.
“Você diz sim, o Brasil
inteiro agradece”. Converse com sua família e seja um doador. Para mais
informações, acesse o site gov.br/saude.
Fonte: Brasil 61 -
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