Mais de 4 mil garrafas de bebidas alcoólicas são apreendidas durante prisão de suspeito de adulteração com metanol na Paraíba.

Local onde homem foi preso era utilizado para envasar bebidas alcoólicas em Alagoa Nova — Foto: Polícia Civil
De acordo com a Polícia
Civil, a bebida apreendida foi a mesma que o homem que morreu com suspeita de
intoxicação por metanol, em Campina Grande, consumiu.
Mais de 4 mil garrafas de
bebidas alcoólicas foram apreendidas durante uma operação que prendeu um homem
suspeito de adulterar o material com metanol na cidade de Alagoa Nova, no Brejo
da Paraíba, nesta segunda-feira (6). As informações foram confirmadas pela
Polícia Civil.
As garrafas apreendidas são
de cachaça. Segundo a Polícia Civil, a bebida é a mesma que foi consumida pelo
homem de 32 anos, que morreu com suspeita de intoxicação com metanol, em
Campina Grande.
De acordo com o delegado
Danilo Orengo, responsável pela operação, as bebidas foram encontradas na
garagem da residência do suspeito, que funcionava como um local para
envasamento do líquido das bebidas.
"Ele adquiria a cachaça
em tonéis, levava esses tonéis para o local e de lá ele individualizava em
garrafas o conteúdo, rotulava, embalava e vendia", disse o delegado.
A investigação que resultou
na prisão e na apreensão das bebidas se iniciou a partir do caso de suspeita de
intoxicação por metanol que causou a morte de um homem de 32 anos. A polícia
rastreou depósitos e armazéns que pudessem ter fornecido os produtos
contaminados por metanol.
No local da operação foi
encontrado além dos tonéis, os rótulos que seriam colocados nas garrafas. A
Polícia Civil disse que o material, depois de finalizado era comercializado
pela região.
Amostras das bebidas foram
recolhidas para análise que vai ser realizada pelo Instituto de Polícia
Científica da Paraíba (IPC). A expectativa é de que os resultados sobre a
presença do metanol nas bebidas saiam em um prazo de 10 dias.
Também conforme a Polícia
Civil, as investigações seguem para saber a origem da bebida destilada que o
suspeito preso adquiriu.
Outras garrafas de bebidas
alcoólicas são analisadas
O Instituto de Polícia
Científica na Paraíba (IPC) analisa também cerca de 50 garrafas que foram
recolhidas no sábado (4), durante uma outra operação que interditou um depósito
de bebidas na cidade de Baraúna. Essa perícia que vai ser realizada para saber
não somente de saber se no material havia metanol, mas também outros elementos
que pudessem causar alguma intoxicação.
“A gente também tem que
analisar, recebemos aproximadamente 50 garrafas de bebidas e todas essas
amostras serão analisadas, então não é um processo tão rápido, porque a gente
precisa fundamentar todo esse processo, que dê embasamento para as
investigações”, disse.
Segundo a diretora-geral, o
prazo para a perícia acontecer é de até 10 dias, no entanto, dependendo do
andamento das análises, isso pode ser finalizado até antes.
Também foi informado que
foram colhidos materiais no corpo do homem que morreu suspeita de intoxicação
por metanol na Paraíba. O material foi recolhido ainda quando ele estava
internado, vivo, e depois da morte em um exame de necropsia.
Esses materiais vão passar
por análise, que também teve um prazo fixado em 10 dias para o resultado.
Somente a partir dessa revisão que será possível saber se a morte acontece por
conta da intoxicação por metanol.
A prisão do suspeito e o
depósito
Devido a morte do homem de
32 anos, a polícia localizou um local que é suspeito de ter se originado a
bebida. De acordo com a delegada Maira Roberta, chefe de gabinete da
Delegacia-Geral da Polícia Civil na Paraíba, ainda é investigado se o local
onde o material foi encontrado realmente produzia as bebidas ou era responsável
somente pelo envase do produto.
A vítima morreu no sábado
(4), após três paradas cardiorrespiratórias. Rariel Dantas tinha sido internado
inicialmente no Hospital Regional do município de Picuí, e depois foi transferido
para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, onde acabou morrendo.
O homem, natural de Baraúna,
havia consumido bebida alcoólica nos três dias anteriores a própria morte e
apresentava sintomas compatíveis com intoxicação por metanol, informou o
secretário de Saúde, Ari Reis.
Por g1 PB

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