METANOL: Agevisa/PB orienta Visas municipais na fiscalização de bebidas suspeitas de adulteração.
A Agência Estadual de
Vigilância Sanitária (Agevisa/PB) encaminhou às Vigilâncias Sanitárias dos
municípios paraibanos alerta quanto à necessidade de avaliação da regularidade
das bebidas disponíveis nos estabelecimentos comerciais durante as ações
regulares de inspeção/fiscalização. Segundo o diretor Geraldo Moreira de
Menezes, a orientação, de caráter nacional e iniciativa da Anvisa, é de que todos
os inspetores e fiscais sanitários estejam atentos a sinais que possam indicar
a existência de bebidas irregulares, com origem desconhecida ou com indícios de
falsificação/adulteração, no comércio atacadista e varejista de todo o Estado.
As ações devem incluir casas de shows, bares, restaurantes, quiosques, festas
populares e outros eventos similares onde haja consumo de bebidas alcoólicas.
“Apesar de a Paraíba, até o
momento, não ter registrado nenhuma notificação de intoxicação por metanol, a
Vigilância Sanitária está pronta para agir, de forma imediata, na hipótese de
ocorrência de casos como os que vêm sendo registrados em outros Estados do
País, como São Paulo e Pernambuco. Mas, por enquanto, as nossas ações são
preventivas e de definição de estratégias para reforçar a defesa da saúde da
população”, comentou Geraldo Moreira.
O diretor-geral da
Agevisa/PB lembrou que bebidas adicionadas com metanol causam intoxicações
graves e podem levar à morte. “O metanol é uma substância usada em solventes e
produtos de limpeza, e nunca deve ser ingerido. Portanto, além do trabalho dos
órgãos do setor público no enfrentamento desse problema, as pessoas também
podem ajudar a proteger a sua saúde mediante a adoção de medidas de precaução
como: manter-se atenta aos produtos que consomem; evitar consumir bebidas em
lugares não confiáveis e em caso de perceber que o lacre esteja violado;
verificar os rótulos e as embalagens das bebidas; exigindo comprovante fiscal
que ateste a idoneidade do produto, e, de forma bem especial, desconfiar de
preços muito baixos, normalmente associados a produtos de procedência
duvidosa”, explicou.
Geraldo Moreira disse que as
pessoas também devem ficar muito atentas para poder identificar sintomas
relacionados à intoxicação por metanol. Segundo ele, em até seis horas da
ingestão de uma bebida contaminada por metanol, a vítima pode apresentar
reações orgânicas como sonolência, tontura, náuseas e vômitos, além de confusão
mental e taquicardia. E no período seguinte, entre 6 e 24 horas da ingestão, os
sintomas podem evoluir para quadros de visão turva, convulsões e sensibilidade
à luz. “Se qualquer pessoa apresentar um ou mais desses sintomas, ela deve
procurar atendimento médico imediato nos hospitais de urgência e emergência ou
em qualquer outra unidade de saúde mais próxima”, ressaltou.
Notificações e denúncias –
Em casos suspeitos de intoxicação, o diretor da Agevisa disse que os
profissionais de saúde devem notificá-los imediatamente às Secretarias de Saúde
do município notificante. Em nível estadual, ele informou que notificações
devem ser feitas junto ao Centro de Inteligência Estratégica Estadual em Saúde
da Paraíba (Cievs/PB) por meio dos seguintes números de contato: (83)
9.9146-6771 (segunda a sexta-feira, das 08 às 16h30) e (83) 98828-2522 (nos
finais de semana e feriados).
A população também pode
denunciar a existência de bebidas suspeitas por meio do endereço
agevisa.pb.gov.br/servicos/ouvidoria ou pelo telefone (83) 9.8814-7935, da
Ouvidoria da Agevisa. Além disso, pode, ainda, acionar as autoridades
policiais, considerando que a adulteração de bebidas, como de qualquer outro
produto destinado ao consumo humano, pode configurar crime contra a saúde
pública, passível de pena de reclusão e multa, tanto na esfera civil quanto
penal”.
Força tarefa –
Como ocorre em todos os casos de ameaça iminente à saúde pública, o Governo da
Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES/PB), está organizando
uma Força Tarefa para executar ações de caráter preventivo e também de
enfrentamento da ameaça de intoxicação por ingestão de metanol.
Para esta segunda-feira (6),
está prevista uma reunião na sede da SES/PB com a participação de
representantes da Agevisa/PB, das Visas municipais, da Polícia Civil, do
Instituto de Polícia Científica, do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), do Procon/PB e da Rede de Urgência e Emergência da
Paraíba, que é coordenada pela SES/PB. O objetivo central do encontro é
discutir estratégias e definir o papel de cada órgão participante no tocante ao
que fazer e como fazer no enfrentamento do problema relacionado ao metanol.
Secom PB
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