Mulher presa suspeita de obrigar filhas a furtar e pedir dinheiro é alvo de ação judicial do filho mais velho, diz polícia.
A mulher de 40 anos, presa suspeita de obrigar as três filhas
menores de idade a furtar e pedir dinheiro em Solânea, no Brejo da Paraíba para
conseguir comprar drogas, é alvo de uma ação judicial do filho mais velho, de
22 anos. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil.
De acordo com as investigações, as três filhas da mulher, que
foi presa no domingo (26), passavam por violência física, emocional e moral. As
vítimas eram privadas de alimentação como forma de castigo por discordância no
tratamento que a mãe dava para elas, além de serem impedidas de estudar e
expostas a ambientes de tráfico e exploração.
O delegado Rafael Alexandre, responsável pelo inquérito,
informou que a ação em questão se trata do pedido de guarda provisória das
irmãs. Inclusive, o delegado disse que o cumprimento de mandado de prisão
contra a suspeita aconteceu após concessão da guarda provisória para o irmão.
“A gente fez de uma forma de que a prisão dela só saísse após
a decisão da guarda. Aí hoje essas crianças estão sob a guarda provisória do
irmão mais velho que foi o primeiro a se libertar dessa espiral de abuso, de
horror que a própria mãe praticava”, disse.
Conforme as investigações, o filho que atualmente detém a
guarda provisória das irmãs, também passou por abusos quando era mais jovem, no
entanto, ele conseguiu sair desse ciclo e atualmente presta o apoio para as
menores de idade, que tem 5, 7 e 10 anos
O delegado também informou que a mulher chegou já tentar
intimidar testemunhas no caso da ação movida pelo filho e que acionar pessoas
ligadas ao tráfico de drogas para tentar intimidá-lo.
Outra filha perdeu bebê por violência da mãe, diz polícia
A Polícia Civil informou que a mulher tem seis filhos, as
três que estão sob a guarda do irmão, o próprio irmão, e outros dois. Um desses
dois, uma jovem de 17 anos, que devido aos episódios de violência física que
sofreu da mãe, perdeu o bebê que esperava. Em outro episódio descrito pela
polícia a mãe chegou a tentar oferecer essa filha a um homem adulto, como forma
de exploração sexual.
Nesse caso que a jovem passou, uma perícia foi realizada para
saber se a adolescente estava grávida e se a causa do aborto forçado foi, de
fato devido aos episódios de violência. Essa investigação está desmembrada em
um outro inquérito policial. Na época das agressões, ela tinha 16 anos.
O caso foi denunciado para a polícia, que começou as
investigações, ouviu testemunhas e também conseguiu vídeos dentre as provas
contra a suspeita. Por conta disso, um pedido de prisão preventiva para a
Justiça foi solicitado, o que foi deferido e o mandado cumprido posteriormente.
A mulher passou por audiência de custódia e foi redirecionada
para a Penitenciária Feminina Júlia Maranhão, em João Pessoa.
Por g1 PB


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