“BLOQUEADOS DO FPM”: Somente dois municípios estão bloqueados para recebimento dos recursos.
Dos 5.570 municípios brasileiros, somente dois estão
bloqueados para recebimento de recursos do Fundo de Participação dos Municípios
(FPM). Um deles é São Francisco de Itabapoana (RJ) e o outro é Porto Xavier
(RS), conforme a última atualização do Sistema integrado de Administração
Financeira (SIAFI).
O repasse da verba está previsto para esta segunda-feira
(10). Ao todo, as prefeituras vão partilhar R$ 9,3 bilhões, referentes à
primeira parcela de novembro. O montante é cerca de 9% maior do que o
transferido no mesmo período do ano passado.
A suspensão da transferência dos recursos se manterá até que
as prefeituras regularizem as pendências, que podem ser legais, fiscais ou
previdenciárias. É o que destaca o especialista em orçamento público, Cesar
Lima.
“Aqueles municípios que estão bloqueados, seja por débito
junto ao Tesouro ou por inadimplemento dos Mínimos Constitucionais em Saúde e
Educação, têm que verificar onde está o seu problema, de acordo com os
relatórios que ele encaminha para o SICONF (Sistema de Informações Contábeis e
Fiscais do Setor Público Brasileiro), e atualizar essa situação para que ele
possa ter seus recursos desbloqueados”, explica.
Conforme informou o Tesouro Nacional, os bloqueios podem
ocorrer por diferentes motivos, incluindo a ausência de pagamento da
contribuição ao Pasep, dívidas com o INSS, débitos inscritos na dívida ativa
pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) ou falta de prestação de
contas no SIOPS (Sistema de Informações sobre Orçamento Público em
Saúde).
O que é o SIAFI
O SIAFI, sistema que reúne informações orçamentárias e
financeiras da União, registra essas pendências e impede o recebimento de
qualquer ajuda financeira até que o município regularize sua situação.
Na avaliação de Lima, o bloqueio do FPM provoca um impacto
nas finanças municipais, uma vez que a maioria dos municípios do país,
sobretudo os menores, têm esses recursos como a principal fonte de renda.
Diante disso, ele considera importante que os problemas sejam identificados e
depois sanados o quanto antes.
“O primeiro passo é identificar onde ocorreu a falha e tentar
sanar para que os valores sejam desbloqueados. Eles [os municípios] têm que,
primeiramente, identificar qual o motivo do bloqueio, ou seja, saber se são
débitos previdenciários, se é a ausência de pagamento do PASEP, se é inscrição
na dívida ativa da União, se é falha na prestação de conta dos mínimos
condicionais de saúde e educação, se é a falta de pagamento de dívidas cuja
União tenha dado garantia, ou mesmo a ausência de entrega dos relatórios
exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, orienta
FPM: bloqueios são temporários
Vale destacar que os municípios não ficam bloqueios para
recebimento do FPM de forma definitiva. Esse impedimento é temporário e
interrompido logo que os entes resolvem as pendências, garantindo, assim, que
os recursos sejam liberados para investimento em áreas como saúde, educação,
infraestrutura e pagamento de pessoal.
Fonte: Brasil 61 –


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