Últimas Notícias

Análise psiquiátrica sobre o caso da leoa em João Pessoa. Por Dr. Jason Eliel.

Reprodução

Em relação ao caso da Leoa de João Pessoa, PSIQUIATRICAMENTE FALANDO, o jovem segundo inúmeros noticiários apresentava diagnóstico já bem estabelecido de ESQUIZOFRENIA, isso é uma patologia crônica, deteriorante à nível cognitivo com consequências graves a longo prazo, sem cura total, mas que exige controle, exigindo avaliações constantes referentes ao manejo da farmacologia, no quadro clínico como um todo. Isso é um caso grave que exige a primeiro momento a internação do tipo involuntária/compulsória, como forma de controlar a crise aguda, necessitando de observação para manejar o seu quadro clínico com trocas de medicações ou dosagens dos fármacos, e só assim ter uma estabilidade clínica. Isso não é caso para ser tratado em CAPSI e sim de ordem à nível de internação psiquiátrica, por ter uma patologia altamente deteriorante á nível cognitivo, existe uma hierarquia à nível de tratamento, pacientes descompensados psiquiatricamente não vão a primeiro momento para CAPSI e sim internamento. Se o estado da Paraíba não teve algum tipo de acolhimento ou suporte no sentido de identificar essa descompensação psiquiátrica do jovem , o paciente teria  o direito de ser transferido para qualquer lugar do PAÌS  através de convênios já estabelecidos  com existência de vagas  seja onde fosse , mas que fosse receber um  tratamento digno com um profissional de psiquiatria com RQE no mínimoooooooooo, devendo ofertar vagas para internação psiquiátrica em outros estados como falei através de parcerias, acordos ou convênios já pré-estabelecidos, caso não possua a estrutura necessária em sua própria rede de saúde pública.

Isso está bem claro na legislação e é direito do paciente, quando existe falha no sistema local, o estado deve arcar com o tratamento em qualquer local do país onde venha existir a vaga , até a estabilidade clínica do paciente , para só depois o mesmo ir ao CAPSI, pois à nível ambulatorial esse tratamento não era suficiente e efetivo , pois se tratava de um caso grave e com descompensação aguda. Não se deve brincar com as patologias psiquiátricas, estamos em outros tempos , a realidade é outra ,  principalmente quando se contextualiza pacientes em surtos psicóticos , são altamente imprevisíveis e impulsivos,  existe toda uma explicação à nível biológico para isso , no caso dele totalmente desconexo da realidade , delirando, pensamento absolutamente desorganizado, em um ciclo que se tornou uma obsessão por leões. Que esse caso sirva de lição para a Paraíba e para todo o Brasil, independente de partido A ou B, se organize melhor a oferta de serviços psiquiátricos para melhor acolhimento e identificação precoce de pacientes que não estão recebendo um tratamento digno como deveriam receber, conforme constituição brasileira que assegura esse direito.  !!!!!!!

 

Ass: Jason Eliel (psiquiatria, medicina do trabalho, medicina da dor, anestesiologia) CRM 31713 GO

Nenhum comentário