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ATENÇÃO: Internações de bebês por bronquiolite alertam para a importância da vacinação de gestantes.

Período de maior circulação do vírus sincicial respiratório, principal causador da doença, tende a se intensificar a partir de fevereiro, com pico nos meses de abril e maio.

Antes do período de maior circulação do vírus sincicial respiratório (VSR), o Ministério da Saúde reforça a vacinação de gestantes para proteger recém-nascidos contra formas graves da bronquiolite. Desde a implementação da imunização no Sistema de Saúde (SUS), em dezembro, cerca de 88,4 mil gestantes foram vacinadas.  

Lúcia Soares, enfermeira e mãe de duas crianças, viveu de perto a gravidade da bronquiolite. A filha mais velha foi internada após infecções respiratórias que evoluíram para a doença. “Foram duas internações: uma com 1 ano e 3 meses e outra com 1 ano e 7 meses. A gente ficou muito apreensivo porque precisou de oxigênio, de monitoramento. Permanecemos por uma noite na UTI até a Isabella estabilizar. Depois ainda sentimos medo da doença voltar”. 

A expectativa é de que com a vacinação, cerca de 28 mil internações por bronquiolite possam ser evitadas por ano, além de beneficiar aproximadamente dois milhões de recém-nascidos. Ao todo, o Ministério da Saúde adquiriu 1,8 milhão de doses do imunizante contra o vírus.

Com a incorporação da vacina na rede pública de saúde, Lúcia comemora. “Saber que hoje existe essa proteção traz um alívio enorme. Minha irmã está grávida e tenho amigas que também estão esperando bebês. Todas ficaram muito mais tranquilas sabendo que a vacina está disponível no SUS. Nenhuma mãe merece ver seu bebê na internação”.

O que é o VSR? 

A bronquiolite é uma infecção respiratória comum em crianças pequenas, especialmente em bebês menores de 2 anos. A vacinação durante a gestação, a partir da 28ª semana, permite que anticorpos sejam transferidos da mãe para o bebê. A imunização garante a proteção nos primeiros meses de vida, que é a fase de maior vulnerabilidade às complicações da bronquiolite.

Embora muitos casos sejam leves, a doença pode evoluir para quadros graves, principalmente em recém-nascidos, prematuros e crianças com comorbidades. Por isso, o Ministério da Saúde orienta que gestantes procurem a unidade de saúde mais próxima para se informar sobre a vacinação e manter o calendário vacinal em dia. 

 

Juliana Soares - Ministério da Saúde

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