Novo salário mínimo será de R$ 1.621 em 2026
O salário mínimo será de R$
1.621 a partir de 1º de janeiro de 2026. O valor teve um aumento de 6,8%, um
pouco mais de R$ 100, e foi estipulado por meio de publicação, nesta
quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo governo federal. O mínimo
anterior era de R$ 1.518.
Pelas regras, o valor do
salário mínimo deve ser atualizado anualmente pela inflação medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses até novembro,
mais o crescimento da economia brasileira de dois anos antes, ou seja, do ano
de 2024, sujeito ao limite máximo de 2,5% ao ano, por conta do teto de gastos.
Os dois componentes, juntos,
garantem um aumento real do piso, diferente da política dos governos anteriores
para o salário mínimo, de Michel Temer e
Jair Bolsonaro, quando o reajuste era feito somente pela inflação.
"Esse modelo teve
efeitos adversos sobre o poder de compra em contexto de inflação relativamente
elevada", disse o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
(Dieese), em nota técnica sobre o novo mínimo.
"Enquanto os preços
avançavam continuamente, a recomposição salarial ocorria apenas uma vez, no
reajuste anual, fazendo com que o salário mínimo real se deteriorasse". O
órgão acrescentou que, somente a reposição da inflação, entre 2020 e 2022, não
foi suficiente para diluir o impacto dos preços dos alimentos, que subiram
acima da média, pesando de forma desproporcional no rendimento das famílias
pobres.
O salário mínimo é a menor
remuneração que um trabalhador formalizado pode receber no país e deve ser
suficiente para atender a necessidades vitais básicas próprias e de sua
família, como moradia, alimentação, saúde, lazer, higiene e transporte, de
acordo com a Constituição Federal.
Com essa intenção, de acordo
com o Dieese, a mínimo mensal de uma família de quatro pessoas no Brasil
deveria ser de R$ 7.067,18, em novembro de 2025, o equivalente a 4,3 vezes o
novo piso do mínimo nacional em janeiro de 2026.
De acordo com o
departamento, cerca de 62 milhões de brasileiros recebem o mínimo. Com o
reajuste para R$ 1,621, o incremento na economia será de R$ 81,7 bilhões.
Agência Brasil


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