Preso que fez máscara de sabonete na PB vai ser capacitado, diz secretário.
O
preso que fez uma máscara de sabonete com a fisionomia de um agente
penitenciário vai ser capacitado e poderá ensinar a técnica para outros
detentos e até agentes penitenciários, garantiu o secretário de Administração
Penitenciária da Paraíba, Wallber Virgolino. Nesta terça-feira (8), a máscara
feita com restos de sabonete foi encontrada dentro de uma cela na Penitenciária
Padrão de Santa Rita, na Grande João Pessoa.
“Ele
vai participar de um programa de ressocialização. Inicialmente, nós vamos
capacitá-lo, porque ele ainda possui um conhecimento muito bruto. Vamos
trabalhar para que ele fique mais afiado, mais profundo. Depois, ele pode
passar o conhecimento para outros detentos e agentes que tenham interesse”,
explicou Wallber, acrescentando que o Sistema Penitenciário vai trocar o
material usado por cera no lugar de sabonete. “É mais fácil de manusear”,
justificou.
E
essa não é a primeira vez que o preso usa estas técnicas dentro do presídio.
Segundo Wallber, ele já fazia objetos com restos de sabonete quando estava
preso em um presídio de Campina Grande. Porém, essa foi a primeira vez que o
fato foi divulgado.
O
detento, que tem 31 anos, cumpre uma pena de 19 anos. Ele já passou cerca de
três anos preso e, segundo o secretário, ainda faltam três ou quatro anos para
que ele possa ter direito a algum benefício, como ao regime semiaberto. Porém,
os apenados que participam de programas de ressocialização podem ter redução de
pena. Um dia de trabalho reduz três dias de pena, enquanto que um livro lido reduz
quatro dias.
Entenda o caso
Uma
máscara feita com restos de sabonete e com a fisionomia de um agente
penitenciário que trabalha no local foi encontrada dentro de uma cela na
Penitenciária Padrão de Santa Rita. Wallber Virgolino explicou que a máscara
foi encontrada após investigação do serviço de inteligência. “Ficamos sabendo
que os presos estavam fazendo máscaras para fugir, mas o apenado nos informou
que é artista plástico e que o material fabricado foi apenas uma forma de
homenagear o agente”, explicou.
Ele
disse também que será aberta uma sindicância, mas que o apenado vai fazer
trabalhos artesanais, devido a sua habilidade. “A máscara é bem semelhante às
feições do servidor”, reforçou. A máscara foi levada para o Instituto de
Polícia Científica (IPC), para análise de peritos.
Ressocialização
Segundo
o secretário, mais de cinco mil presos passam por ressocialização em toda a
Paraíba. Além de trabalharem, alguns apenados participam de programas de
educação, desporto, capacitação, saúde, cultura, teatro, artesanato, entre
outros.
G1/PB
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