Movimento municipalista consegue aprovação de elevação do FPM em 1% pela CCJ do Senado; medida representa cerca de R$ 6,8 bilhões.

O presidente da Confederação
Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, e uma comitiva de prefeitos
acompanharam a votação e solicitaram a urgente aprovação do texto. Com isso,
houve a inversão da pauta pelos parlamentares. O senador Armando Monteiro (PTB-PE),
relator da matéria, acatou a emenda e destacou o trabalho da Confederação e as
conquistas obtidas pelo movimento municipalista. Segundo ele, a matéria, apesar
de não ser a ideal, representa um grande avanço. "O excelente às vezes é
inimigo do bom", disse.
A autora da matéria, senadora Ana
Amélia (PP-RS), ressaltou que a matéria foi uma iniciativa "inspirada na
Confederação". A senadora disse que cerca de 70% dos Municípios têm como
principal fonte de recurso o FPM. "Do ponto de vista político e prático,
um ponto percentual não é o socorro financeiro que a maiora das prefeituras
esperava". Por outro lado, ela destacou que a aprovação já representa uma
vitória.
"Reconheço a angústia e a
frustração dos prefeitos que acreditavam que 2% eram viáveis, mas todos têm que
entender que estamos passando por um momento muito delicado. Eu gostaria que
fosse 2%, mas não é possível a gente dar murro em ponta de faca. Isso é o
primeiro passo. No ano que vem, a luta vai continuar. A Marcha, que está quase
em sua 20.ª edição, é um sinalizador que o movimento tem força", frisou.
"Essa vitória só está se
tornando realidade dada as lutas que os municipalistas estão travando, nas
Marchas e nos diálogos com o governo", destacou o senador Humberto Costa
(PT-PE). Ele destacou que a aprovação da matéria não implica no fim das
negociações. "Não há um prejuízo da continuidade dessa discussão. Nada
impede que ano que vem a gente dê continuidade a esse debate. Mas pelo menos
assim garantimos para 2015 e 2016 esse incremento para que as prefeituras
possam buscar o equilíbrio das suas contas", ressaltou.
Gleise Hofmann (PT/PR) destacou que
é melhor ter uma solução que, se não a desejada, a possível. "Hoje os
Municípios são os que executam as políticas públicas. A maioria dos programas
federais que nós executamos só são possíveis porque temos a parceria com os
nossos prefeitos. Se não tivéssemos os Municípios dificilmente conseguiríamos
implantar a maioria desses programas". Ela citou iniciativas como o Minha
Casa, Minha Vida, a manutenção de creches federais e o Mais Médicos.
Câmara
Outra proposta que trata do aumento
do FPM deverá ser analisada pelos deputados nesta quarta. A Comissão Especial
da Câmara deve votar a PEC 341/2013 – apensada a PEC 406/2009. A reunião do
grupo será no plenário 7. A ideia é que os prefeitos acompanhem esta votação e
façam um apelo aos deputados de cada Estado pela aprovação da matéria.
CNM
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