Apesar de barrar mais de oito pesquisas por irregularidades na PB, TRE garante: ainda não verificou fraudes.
A juíza de propaganda de Mídia,
Niliane Meira de Lima, revelou os motivos porque o Tribunal Regional Eleitoral
(TRE) já barrou mais de oito pesquisas feitas na Paraíba até o momento. “O
sistema de pesquisas eleitorais é muito rigoroso, porque se sabe dos efeitos da
pesquisa. Ainda há eleitores que se guiam pelos resultados e resolvem votar
naquele que está na frente”, frisou a juíza.
Para ser publicada, segundo a juíza,
a pesquisa tem que ser registrada na Justiça Eleitoral, e o registro deve obedecer
uma série de critérios. Além do registro, a publicação da pesquisa também tem
que obedecer a uma série de critérios. “Para você publicar uma pesquisa tem que
dizer quem contratou, qual o número de registro, quanto custou. Enfim, vários
requisitos, tanto para você registrar a pesquisa, quanto para publicá-la”,
contou Meira.
Segundo a juíza, a legislação prevê
uma penalidade alta aos casos das pesquisas irregulares, todavia, Meira afirma
que não foi registrada até agora uma pesquisa com fraude. “Creio que já foram
oito casos de pesquisas que passaram por nós. Em quatro delas o ponto jurídico
era o mesmo e em outros havia casos particulares. Mas a questão que ocorreu na
maioria foi a falta de requisitos do registro. Não teve ainda a constatação de
fraude. Mas todos os casos que passaram sobre falta de registro completo o
Ministério Público foi intimidado para analisar e investigar se houve fraude”,
pontuou.
Evitar pesquisas direcionadas – A
juíza explicou que este ano a legislação para a realização de pesquisas está
toda esmiuçada na resolução 23400 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Esses
requisitos buscam a segurança da pesquisa. Por isso que o TRE nas decisões
desse ano foi bem firme em aplicar a resolução. Nós entendemos que a resolução
é rígida e a penalidade é muito alta para quem não cumprir, mas o objetivo é
que sejam cumpridos e que sejam requisitos muito firmes para que não ocorram os
resultados maléficos que podem ter uma pesquisa”, argumentou.
Multas – Em relação às multas, a
juíza revelou que ela varia de R$ 54 mil a R$ 106 mil. “Em todos os casos a
penalidade aplicada foi a mínima, porque não se viu a questão de fraude, mas de
irregularidades. É justamente nesses ‘requisitozinhos’ que os outros partidos
podem ir a campo para verificar se a pesquisa foi fiel. Foi pela falta disso
que a pesquisa ficou enfraquecia e determinou-se a suspensão”, finalizou.
Paulo Dantas
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