Frente Parlamentar da Migração do Rádio AM é lançada em Brasília DF.
Com
o objetivo de apoiar, defender e acompanhar a migração do AM, a Câmara dos
Deputados lançou nesta terça-feira, 12, a Frente Parlamentar da Migração das
Rádios AM para o FM e da Digitalização do Rádio. Presidida pelo deputado
federal e radialista Eli Corrêa Filho (DEM-SP) e com a adesão de 287 deputados,
a iniciativa terá como meta dar maior celeridade à mudança.
“Há
anos as emissoras vêm perdendo competitividade por causa das interferências de
sinal. A migração do AM é questão de sobrevivência principalmente para as
emissoras de pequeno e médio porte. Por isso, até ser concluído, esse processo
dependerá de intensa fiscalização e acompanhamento do legislativo”, afirmou
Corrêa Filho.
A
migração do AM para a faixa de FM foi autorizada em novembro de 2013 em decreto
assinado pela presidente Dilma Rousseff. A Agência Nacional de Telecomunicações
já destinou canais de FM para essas rádios em 23 estados e no Distrito Federal.
O
presidente da Abert, Daniel Slaviero, observou que das 1.781 rádios AM
existentes no país, 80% ou 1.386 solicitaram a migração. Desse total, cerca de 700 emissoras poderão operar no
espectro atual e o restante migrará para a faixa de FM estendida (canais 5 e 6
de televisão).
Slaviero
propôs como primeira medida da frente parlamentar, o acompanhamento da
definição dos preços das adaptações de outorgas de AM. “Quero pedir em nome de
todos os radiodifusores e das associações estaduais que, como primeira medida,
tenhamos uma audiência com o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, e com
o presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz, para
sensibilizá-los sobre a relevância e a urgência da migração”, declarou.
De
acordo com levantamento da Abert, ao menos 670 rádios AM já poderiam estar
operando na faixa de Frequência Modulada, mas estão impedidas por causa da
indefinição do preço das outorgas.
O
processo com os cálculos e as sugestões de preços foi encaminhado pelo
Ministério das Comunicações há mais de um ano. Como o órgão fiscalizador
discordou dos valores e da metodologia empregada, o documento teve de ser
revisado algumas vezes pelo MiniCom. Agora, a última versão está no TCU.
“A
indefinição do preço tem agravado a situação do rádio AM e achamos que a frente
poderá ajudar muito em todo o processo de migração”, disse Slaviero.
Ascom


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