Pai de estudante morto no RN diz que prisão de suspeito 'conforta em parte'.
Apesar
do alívio pela prisão dos suspeitos do crime, o aposentado Máximo Medeiros de
Araújo ainda não se conforma com a "maneira brutal" como seu filho
Máximo Augusto, de 23 anos, foi assassinado. O universitário foi encontrado
morto no último domingo (3) na zona rural de São Gonçalo do Amarante, na Grande
Natal, após dois dias desaparecido. Dois suspeitos foram presos nesta
quarta-feira (6). Um deles confessou ter matado o estudante.
"Em
parte conforta, mas independente de qualquer coisa, a forma como ele foi assassinado
não justifica nada. Foi de maneira brutal. Nenhum ser humano merece ser morto
daquela forma", afirma o pai. De acordo com o aposentado, a família vem se
recuperando aos poucos. "Vamos retomando a vida da gente. A justiça decide
isso. Eu acredito na justiça e em Deus, assim como sempre acreditei que a
polícia resolveria o caso", diz.

O
outro suspeito, chamado Erick Jonatha da Silva, de 25 anos, ainda segundo o
delegado, foi preso por ter ficado com o carro e alguns objetos que pertenciam
ao estudante. "Ele vai responder por receptação de material roubado",
afirmou Fábio Rogério.
O
veículo, que posteriormente foi abandonado, foi encontrado na terça-feira (5)
no bairro de Candelária, que fica perto da Delegacia de Plantão da Zona Sul de
Natal. Na mala, foi encontrada a roupa de Máximo, uma calça escura e uma camisa
vermelha. O corpo dele foi encontrado nu e com marcas de espancamento. A roupa
é a mesma que o estudante usava no dia em que sumiu e que vestia ao posar para
uma foto postada por ele numa rede social.
A
identificação do corpo de Máximo só foi possível após análise das impressões digitais,
exame realizado no Itep. A causa da morte, no entanto, ainda não foi
oficialmente revelada.
De
acordo com a Polícia Civil, Máximo esteve em uma boate na Zona Sul de Natal na
madrugada do dia 1º de maio. Ele saiu da boate com duas amigas e as deixou em
casa. Em seguida, seguiu para a boate Vogue, no bairro de Candelária, também na
Zona Sul da capital.
Da
boate, o universitário foi visto saindo com um homem que segurava um capacete.
O segurança suspeitou da situação e chegou a perguntar ao estudante se estava
tudo bem com ele. Ao receber uma resposta positiva de Máximo, viu o jovem
deixar o local acompanhado do homem.
Câmeras
de segurança de um motel próximo a boate mostram o carro de Máximo entrando no
estabelecimento às 5h35 e saindo às 5h59.
Perícia
Pela
manhã, o Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) deu início ao trabalho
mais minucioso de perícia no carro do universitário. De acordo com a perita
criminal Lidyce Guerra, esta etapa tem como objetivo coletar material biológico
- sangue, sêmen, fios de cabelo - que possa ajudar na identificação dos
suspeitos.
O
enterro do universitário aconteceu na manhã da segunda-feira (4) no cemitério
de Nova Descoberta, Zona Sul de Natal. Ainda no início da semana, colegas de
sala de aula e amigos do estudante fizeram uma homenagem na Universidade
Potiguar (UnP), onde ele cursava Administração.
G1 RN
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