Sossego sedia reunião do Território- Curimataú com representantes de 10 municípios.

Vários assuntos foram debatidos, em
especial a Capacitação de Implantação do Programa Seguro Safra para 2015 e
2016. Os debatedores do encontro foram Rone Fábio, Consultor do Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA) e Alexsandro Silva, Coordenador do Programa
Seguro Safra na Paraíba.
Foram três horas de debates e discussões
pertinentes ao setor agrícola, enumerando ações do produtor rural no Território
do Curimataú, dúvidas que foram esclarecidas e opiniões ouvidas pelos
debatedores, inclusive o prefeito de Sossego, Carlos Antonio Alves da Silva
(Carlinhos) que levantou questionamento sobre cotas do Dape A,B,C e V para o
agricultor.
ABERTURA DA REUNIÃO
A abertura da reunião coube ao Coordenador
do Garantia Safra na Paraíba, Alexsandro Silva, que agradeceu a presença de
todos os representantes de Conselhos das cidades no Território do Curimataú,
informando que a oportunidade de dissipar dúvidas sobre Garantia Safra e Bolsa
Família era a que se iniciava na cidade de Sossego.
Depois de alguns esclarecimentos o
interlocutor da reunião, Alexsandro Silva, anunciou a presença do prefeito
Carlinhos e o convidou para cumprimentar os presentes. Na oportunidade o
prefeito Carlinhos classificou a reunião de importante, principalmente pelos
motivos negativos provocados pela longa estiagem na região e investimento feito
pela Prefeitura no setor agrícola.
“Fomos prejudicados na agricultura, e
outros setores produtivos, em face da longa estiagem na região, obrigando-nos
ao investimento em outros setores para manter o homem no campo com implantações
de cisternas, poços artesianos, pequenas barragens e máquinas, embora com
custos muito altos no aproveitamento para atividades na zona rural”, disse o
prefeito.
VANTAGENS E OBRIGAÇÕES
O Consultor do Ministério do
Desenvolvimento Agrário, Roni Fábio, assumiu a coordenação dos trabalhos
orientando os presentes, agricultores e membros da Emater, sobre as vantagens e
obrigações dos agricultores devidamente credenciados pelo MDA no labor agrícola
e vantagens de investimento em áreas agrícolas através de cotas financeiras.
Despois de debater e explicar bem o que
realmente significa as cotas financeiras distribuídas aos agricultores
inscritos no Dape A,B,C e V, ouviu atentamente os problemas de cada
representante de Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDAS),
onde a maioria citou irregularidades na legalização do Conselho. “Devem o
quanto antes se legalizar para poder obter direitos”, disse Rone Fábio.
Nenhuma ausência foi registrada entre os
conselheiros integrados ao Território do Curimataú. Os 10 (dez) Municípios que
compõe o Território estiveram presentes com voz e vez na reunião: Sossego,
Baraúna, Nova Palmeira, Picuí, Frei Martinho, Nova Floresta, Cuité, Barra de
Santa Rosa, Damião e Cacimba de Dentro assinaram o livro de presenças,
inclusive os técnicos da Emater das Regiões do Curimataú e Seridó.
OPINIÕES
O senhor José Moela, Presidente do Conselho
do Desenvolvimento Comunitário do Assentamento São Luiz, em Sossego, disse que
a reunião foi bastante proveitosa. “Foi um encontro muito bom e nos esclareceu
bastante. Agora estamos sabendo quais as vantagens e desvantagens do Dape A,B,C
e V. Tudo tem que ser dentro do projeto apresentado”, disse o senhor José
Moela.
O prefeito Carlinhos, que não arredou o pé
da reunião um minuto sequer, questionou o Dape V, alegando que o produtor
estaria sujeito a ficar de fora dos benefícios futuros ao atingir uma
arrecadação dos produtos vendidos acima de 20 mil reais. No entendimento do
Chefe do Executivo de Sossego as cotas deveriam ser gradativas, porém sem tirar
direitos. “Privar o agricultor de investir, crescer nos negócios produzindo
mais e mais, consequentemente implicaria em circulação de mais dinheiro na
comunidade. Mas, o MDA sabe o que faz”, disse.
O agricultor José Fidélis, mais conhecido
por Fidelão, residente no Assentamento São Luiz, em Sossego, achou tudo normal,
embora entendendo que o Dape V, que implica em crescimento financeiro até 20
mil reais, deveria ter maior a cota, ou seguir o pensamento do prefeito
Carlinhos que é determinar a cota gradativamente sem tirar direito. “Deve
incentivar à maior produção e não tirar o direito de crescer”, disse Fidelão.
Eduardo Vieira, Diretor de Agricultura de
Sossego, representante municipal na Reunião do Território, gostou de tudo que
aconteceu no encontro. “Foi uma reunião bastante produtiva e esclarecedora
sobre dúvidas existentes no setor da agricultura, em especial Garantia Safra e
Bolsa Família, observando que o agricultor ao não se enquadrar nas normas
agrícolas perde o benefício. No mais tudo bem”, disse Eduardo Vieira.
(Matéria & Fotos P/P Adamastor Chaves)
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