Família de criança encontrada morta na praia tentava ir para o Canadá.
A
família do menino sírio de três anos que foi encontrado morto em uma praia da
Turquia tentava reencontrar parentes no Canadá embora o pedido de asilo tivesse
sido negado, de acordo com o site National Post.
As
fotos da tragédia foram amplamente divulgadas e viraram símbolo da crise
migratória que já matou milhares de pessoas do Oriente Médio e da África nas
tentativas de escapar de guerras, de perseguições e da pobreza.
O
irmão dele de Aylan Kurdi, de 5 anos, e a mãe dele também morreram no naufrágio
que aconteceu na quarta-feira (2). Apenas o pai, Abdullah, sobreviveu. O pai
ligou para a irmã e disse que seu único desejo é voltar para a cidade de
Kobane, no norte da Síria, para enterrar seus familiares e ser enterrado ao
lado deles.
Teema
Kurdi, tia paterna do Aylan que mora em Vancouver há 20 anos, disse ao National
Post que o pedido de refúgio havia sido negado em junho pelo Ministério da
Cidadania e da Imigração devido às complicações envolvendo os pedidos de
refúgio para estrangeiros de origem turca. O ministro Chris Alexander não foi
encontrado para comentar o assunto, ainda de acordo com o jornal.
Pelo
menos nove sírios morreram, segundo a agência AFP -- outros veículos já citam
12. As duas embarcações haviam partido do balneário turco de Bodrum e tentavam
chegar à ilha grega de Kos.
A
foto virou um dos assuntos mais comentados no Twitter e diversos veículos da
imprensa internacional o destacaram como emblemática da gravidade da situação,
até mesmo com potencial para ser um divisor de águas na política europeia para
os imigrantes.
O
primeiro-ministro da França, Manuel Valls, disse que a morte do menino sírio
mostra a necessidade de ação urgente da Europa na crise migratória. "Ele
tinha um nome: Alyan Kurdi. Ação urgente é necessária - uma mobilização da
Europa inteira é urgente", escreveu Valls em sua conta no Twitter nesta
quinta-feira.
Na
quarta-feira, Itália, França e Alemanha assinaram um documento conjunto pedindo
pela revisão das atuais regras da União Europeia sobre garantia de asilo e uma
distribuição "justa" de imigrantes no bloco, informou o Ministério
das Relações Exteriores da Itália.
G1
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