TJ manda prender prefeito afastado de Campo Grande e empresário.
![]() |
Prefeito afastado de Campo Grande Gilmar Olarte |
O
Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) determinou a prisão do
prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), e do empresário João
Amorim. A decisão atende pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao
Crime Organizado (Gaeco).
O
mandado é de prisão temporária, por cinco dias. Oficiais de Justiça estiveram
na casa de Olarte no início da manhã desta quinta-feira (1º), mas ele não foi
localizado no imóvel.
O
advogado de Olarte, Jail Azambuja, diz que vai impetrar com pedido de habeas
corpus contra a decisão. Ele não havia sido encontrado até a publicação desta
reportagem. O de Amorim, Benedicto Figueiredo, falou à TV Morena que não tem
conhecimento do mandado de prisão.
O
Gaeco também havia pedido o afastamento de 17 vereadores da capital
sul-mato-grossense, no entanto, este foi indefirido pelo judiciário estadual.
De
acordo com o Gaeco, todos são suspeitos de envolvimento em compra de votos para
a cassação de Alcides Bernal (PP), em março de 2014. Na época, ele deixou a
prefeitura e quem assumiu foi Olarte.
Bernal
reassumiu o cargo de chefe do Executivo em agosto de 2015, por determinação
judicial. A decisão do TJ-MS que reconduziu Bernal ao cargo de prefeito saiu no
mesmo dia, 25 de agosto, em que a Justiça também afastou Gilmar Olarte da
prefeitura.
Suspeita
Os
promotores do Gaeco dizem acreditar que Olarte e João Amorim encabeçaram a
organização para cassar Bernal. Os investigadores concluíram que para garantir
a cassação, o empresário comprou votos dos vereadores.
O
empresário tinha interesse em cassar Bernal para que Olarte assumisse a
prefeitura. Amorim também é investigado pela Polícia Federal por supostas
fraudes em licitações e desvio de recursos públicos.
Peritos
do instituto de criminalística analisaram o conteúdo de 17 aparelhos celulares
apreendidos pela operação Coffee Break. Em menos de um mês de trabalho foram
recuperadas mais de cinco mil páginas de mensagens de textos trocadas pelos
suspeitos.
Coffee Break
A
operação Coffee Break foi deflagrada em 25 de agosto, e cumpriu 13 conduções
coercitivas, quando a pessoa é levada obrigatoriamente a prestar depoimento.
O
nome desta ação, inclusive, conforme o coordenador do Gaeco, o promotor de
Justiça, Marcos Alex Vera de Oliveira, é uma referência ao “cafezinho”, que
seria como os suspeitos da outra operação se referiam ao pagamento de propinas.
Além
de Orlarte, também foi afastado do cargo de presidente da Câmara Municipal,
Mário César Fonseca (PMDB).
G1
Nenhum comentário