https://picasion.com/

Últimas Notícias

Mãe celebra recuperação de filha que teve tumor raro retirado do rosto: 'Milagre'.


Onze dias após a retirada do tumor raríssimo da Melyssa Braga, de três anos, já é possível ver as mudanças na vida da menina. Médicos do hospital LSU Health Shreveport, em Louisiana, nos Estados Unidos, retiraram o tumor do rosto da criança no dia 20 de dezembro, em uma cirurgia de mais de 10 horas. A mãe, Caroline Braga, postou uma foto da filha já com o rosto livre do tumor de mais de 2 kg. Os médicos colocaram placas de titânio na mandíbula de Melyssa.

Na segunda-feira (26), Melyssa teve que passar por uma cirurgia de emergência em função de um sangramento interno, mas passa bem. Segundo a mãe, Caroline Braga, até os médicos estão admirados com a evolução da menina. Se a recuperação de Melyssa continuar surpreendendo, em menos de três meses a família volta ao Brasil. A menina morava com os pais e irmão em uma casa de quarto e cozinha em uma comunidade em Guarulhos, na Grande São Paulo.

“O próprio médico disse que tudo foi um milagre, eu ter vindo para cá [Estados Unidos], a cirurgia, a recuperação dela”, comemora a mãe. “Temos muitos desafios pela frente, mas sei que com Deus a vitória é certa.”
Ao contrário do que os médicos brasileiros previam, Melyssa pode comer, fala e não vê a hora de voltar para a casa dela. “Eu consigo acalmá-la dizendo que quando voltarmos para casa eu vou comprar um cachorrinho e ela fica feliz, come, anda”, explica Caroline.

Cirurgia
A cirurgia de retirada do tumor aconteceu no dia 20 de dezembro, no hospital LSU Health Shreveport, em Louisiana, nos Estados Unidos. Os médicos são especialistas em tumores grandes e em pescoço e cabeça. A cirurgia durou mais de 10 horas.
Melyssa viajou com os pais e irmão no dia 9 para os Estados Unidos depois de um
a grande campanha promovida pela família na internet para arrecadar dinheiro e buscar ajuda para o tratamento. Moradores de uma comunidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, Manassés e Caroline Braga conseguiram arrecadar com a ajuda de parentes e amigos R$ 80 mil. Também ganharam as passagens e ajuda para retirada do visto especial.

Um médico brasileiro que trabalha há anos nos Estados Unidos soube do caso de Melyssa, se interessou e entrou em contato com a família. Além da cirurgia, o hospital também ofereceu um apartamento para que eles se hospedem durante todo o tratamento da criança.


Os pais da menina Melyssa conseguiram ajuda para tratar tumor raro e agressivo que provoca um crescimento de tumor gigante no rosto e pescoço.

A doença
A família de Melyssa descobriu o câncer chamado sarcoma desmoide em 2014. Durante uma brincadeira com a filha, os pais perceberam que o pescoço dela estava com um nódulo. Foram ao médico e, sem exames, receberam o diagnóstico de íngua e indicação de tratamento. Após idas e vindas ao pronto socorro do convênio, exames, tomografias e médicos especialistas, a mãe, levou a filha na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e lá foi constatado o tumor.

Após uma semana internada, muitos exames feitos e o tumor ainda maior, iniciaram o tratamento com anti-hormônio, que durou cerca de dois meses. Sem o resultado esperado, deram sequência com quimioterapia durante três meses. Mas com a imunidade baixa, e pouco resultado, os médicos constaram que Mel não poderia receber mais sessões da medicação.
“A última que ela tomou foi em maio de 2015. Ela estava com imunidade zero, com os glóbulos brancos baixos. Ela foi internada duas semanas, porque o organismo dela não estava mais aguentando”, conta a mãe.

Em uma conversa com o médico, a família soube que a quimioterapia não estava dando o resultado esperado, que Mel não aguentaria outros tratamentos e que os pais deveriam decidir se ela seria operada. “Eu perguntei se ela morreria fazendo ou não a cirurgia e ele disse que sim. Eu não acreditava, eu chorava”, lembra a mãe.
“Então, que não autorizava a cirurgia. Se fosse para ela morrer de qualquer jeito, que seja em casa, brincando, feliz, comendo. Ao meu ver de mãe, eu optei pela qualidade de vida dela. Melhor do que ela ficar até o último dia dentro de um hospital, sem comer, sem falar, debilitada”, lamenta.

O médico explicou para os pais que aquele era o momento de fazer a cirurgia, que depois não seria possível. “Eu procurei manter a calma, pensei, repensei, mas é uma decisão difícil”, conta o pai.
Desde que os pais optaram por não operar Mel pouca coisa mudou. Embora o tumor tenha crescido ainda mais, eles garantem que a filha não sente dores, não toma remédios e está sempre brincando. “Ela é cheia de vida”, garante a mãe.

Segundo os pais, as maiores dificuldades de Mel é uma ferida que apareceu no rosto dela, depois que um vasinho estourou e a pele não conseguiu conter e a gengiva que tem sido forçada ainda mais para dentro, por causa do tumor. Essas complicações fizeram a família repensar a cirurgia.



G1

Nenhum comentário